Félix voltou a marcar, mas foi a sua reação para o banco que não passou despercebida

O jovem português, que começou o jogo no banco, marcou um dos golos da vitória por 2-0 do Atlético de Madrid em casa do Villarreal. Mas o que está a dar que falar é a sua reação para o banco dos colchoneros.

O primeiro golo do encontro, sancionado com o recurso ao videoárbitro, surgiu na sequência de um lance do montenegrino Stefan Savic, aos 25 minutos, que contou com a colaboração de Alfonso Pedraza, que introduziu a bola na própria baliza.

Gerard Moreno falhou por pouco o golo do empate, aos 35 minutos, num dos melhores períodos do Villarreal, e, no inicio da segunda parte, já com João Félix em jogo, pertenceram ao Atlético de Madrid as melhores ocasiões para marcar.

Depois de uma primeira tentativa do uruguaio Luis Suárez, aos 53 minutos, o Atlético de Madrid chegou ao segundo golo através do jovem português, aos 69, com um remate colocado em posição frontal, após um alívio deficiente de Pau Torres.

Após o golo, 10.º do português esta época, que sancionou o regresso do Atlético aos triunfos após três jogos sem vencer, Félix festejou efusivamente o tento com o dedo indicador na boca, fazendo sinal para calar alguém. “Cala a boca, car****”, atirou.

Depois do jogo, surgiu uma pergunta na imprensa espanhola. Para quem foram dirigidas aquelas palavras? Muitos começaram a especular se o destinatário não teria sido o treinador Diego Simeone.

Na conferência de imprensa, questionado pelos jornalistas sobre este episódio, o técnico dos colchoneros preferiu desvalorizar o sucedido e admitiu gostar muito de jogadores assim, “jogadores rebeldes”.

“Quem é que Félix mandou calar? Temos de lhe perguntar. O melhor é perguntar-lhe porque é que ele fez aquilo. Fez um golaço, entrou bem e é disso que precisamos nele”, começou por dizer.

Adoro jogadores rebeldes, que têm orgulho. Adoro jogadores que reagem às situações más. O João já não marcava há algum tempo, não me lembro há quanto tempo ao certo. Mas tenho a certeza que o golo despertou alguma coisa nele. Ele precisava, a equipa precisava, a equipa precisa dele e ele precisa da equipa. Quando os jogadores da equipa são rebeldes e orgulhosos, tragam-mos”, afirmou.

Entretanto, nas redes sociais, o colega de equipa Renan Lodi partilhou uma fotografia do gesto do português, com uma legenda que deixa a entender que terá sido ele o destinatário daquelas palavras. “Fica putinho, não! Falou e fez, tamo junto irmão”, escreveu no Instagram.

O Atlético de Madrid, que na próxima ronda recebe o rival Real Madrid (terceiro, com menos seis pontos), recuperou a margem de cinco pontos para o segundo classificado, o FC Barcelona, que, no sábado, venceu por 2-0 em casa do Sevilha, ocupando agora o primeiro lugar da tabela classificativa com 58 pontos e menos um jogo.

ZAP // Lusa

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