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Feitos de estrelas. Os nossos ossos são compostos por estrelas que explodiram

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NASA

Uma nova investigação concluiu que metade do cálcio do nosso Universo é oriundo de uma supernova rica em cálcio, que explodiu há milhões de anos.

O novo estudo, cujos resultados foram esta semana publicados na revista científica The Astrophysical Journal, significa, na prática, que os ossos e dentes humanos são compostos, essencialmente, por restos de estrelas mortas que explodiram há muito tempo.

Estas explosões criaram o cálcio que compõe a nossa estrutura óssea.

“Estes eventos são tão poucos que nunca soubemos o que produziu uma supernova rica em cálcio”, começou por explicar Wynn Jacobson-Galan, estudante da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, e principal autor do novo estudo.

“Observando o que esta estrela fez no seu último mês antes de atingir o seu fim crítico, espiamos um lugar nunca antes explorado, abrindo novas vias de estudo”, continuou, em comunicado citado pelo portal de ciência Futurism.

Foi em abril de 2019 que um evento extremamente brilhante, a cerca de 55 milhões de anos-luz da Terra, chamou à atenção da comunidade internacional de Astronomia.

“Qualquer país que tivesse um telescópio poderoso esteve a observar este objeto”, salienta Jacobson-Galan.

A emissora norte-americana CNN observa que os astrónomos foram rápidos ao ponto de muitos conseguiram observar a supernova apenas dez horas após a explosão.

“A explosão está a tentar arrefecer, quer libertar-se da sua energia. A natureza escolhe sempre o caminho de menor resistência, e a emissão de cálcio é uma forma eficiente de o fazer”, observou Raffaella Margutti, cientista da mesma universidade e co-autora do estudo. “Não era apenas rica em cálcio. Era a mais rica dos ricos“, acrescentou.

A explosão em causa expeliu uma enorme quantidade de cálcio e os cientistas conseguiram concluir que eventos deste tipo geraram metade do cálcio existente no Universo atual. O Humano é realmente feito de estrelas, tal como disse um dia o astrónomo Carl Sagan.

ZAP //

11 Comments

  1. Uma supernova a produzir metade do cálcio de todo o universo é um exagero monumental de quem o afirma. É não ter noção da real dimensão do nosso universo. Vindo da boca de cientistas, ainda é mais estranho. O nosso universo tem uma quantidade inimaginável de buracos negros e estrelas de neutrões. Estes corpos, na sua grande maioria, são o remanescente de novas e supernovas- estrelas que explodiram há muito tempo-. As novas e supernovas, produzem todos os elementos químicos da tabela periódica, e o cálcio não foge à regra. É evidente que umas produzem mais cálcio do que outras, mas a quantidade de cálcio gerado por todas as estrelas que já explodiram até ” hoje” é, de certeza, colossalmente superior à quantidade produzida pela supernova em questão.

    • Há com certeza um erro de tradução, e onde se lê “universo” deveria estar “sistema solar”.
      O Sol (e o sistema solar) é uma estrela de pelo menos de 3ª geração. TODOS os elementos mais pesados que o hélio e até ao numero atómico 26 (Ferro) podem ser produzidos em estrelas da sequência principal (incluindo o Cálcio, numero atómico 20) especialmente no final da vida da estrela nesta fase.
      Nas outras fases da vida da estrela (gigante vermelha, supernova, anã branca, etc) são produzidos elementos ainda mais pesados. Por exemplo, elementos como o ouro e prata só podem ter sido produzidos em fenómenos raros e muito violentos, como a colisão de estrelas de neutrões, daí a sua raridade.
      Resumindo, a Terra (e nós próprios) somos constituídos por elementos que já fizeram parte de estrelas da sequência principal, de gigantes vermelhas, de anãs brancas, de estrelas de neutrões … e a elas voltaremos um dia.

      • Só pode ser erro de tradução O Universo ninguém sabe onde acaba. Se é que acaba Nunca se soube quando começou.

      • Pergunta: pelo que entendi, do seu comentário todos estes elementos que hoje temos na terra foram criados em vários sistemas solares e prováveis galáxias já desaparecidas?
        Certo?!…

      • Sim, os únicos elementos químicos que não se formaram em estrelas e derivados foram o hidrogénio e algum hélio (e as respectivas anti-partículas). Os restantes elementos foram sendo criados em sucessivas gerações de estrelas, durante as várias fases da vida destas.
        A nuvem primordial que deu origem ao nosso sistema solar e possivelmente a outros (suspeita-se que a ao sistema binário de alfa centauro), já dispunha desses elementos mais pesados, criados nas anteriores gerações de estrelas, entretanto desaparecidas.
        A abundância de diversos elementos químicos é talvez um requisito para a existência de vida, sendo esta uma das razões pela qual ainda não a encontramos oficialmente noutros sistemas solares.
        Sistemas solares de 1ª e 2ª geração não terão a abundância e diferenciação quimica necessária à vida.

  2. Se a explosão foi observada em 2019, e nada se desloca mais rápido do que se luz, o cálcio não pode ter chegado ao nosso sistema solar antes do visionamento do fenômeno…

  3. E eu que nunca imaginei chegar ao estrelato, finalmente fico feliz por saber de o ter conseguido de uma forma tão brilhante!

  4. Para ZAP:
    O seguinte parágrafo está incorrecto:
    “A explosão em causa expeliu uma quantidade imensa de cálcio e os cientistas conseguiram concluir que este evento gerou metade do cálcio de todo o Universo.”
    Deveria ter a seguinte redação:
    “A explosão em causa expeliu uma quantidade imensa de cálcio e os cientistas conseguiram concluir que foram eventos deste tipo que geraram metade do cálcio existente no Universo atual.”
    Ou seja, não foi uma única supernova que gerou metade do cálcio do universo, mas sim todas as deste tipo que ocorreram até agora.

  5. Fico estarrecido com tamanha capacidade essa desses cientistas, conseguem calcular que quantidade de cálcio existe no universo, ( só gostaria era de saber como foram saber a extensão do universo)…
    Há uns dava eu explicações de físico química a um aluno do décimo ano e para me preparar lá tive que ler o manual adoptado… E também mencionava que o ferro existente no nosso sangue é o mesmo que compõe, as estrelas…
    Agora como explicam esses componente terem adquirido morada na parte bem interior do ser humano?!
    Somos todos, ou não, parte dum todo, ligados intrinsecamente ao todo universal, somos todos ou não, mais do que casco que apodrece, que enquanto animado pelo que da vida, funciona como veículo com capacidades sensitivas que nos conectam a um mundo não visível mais vasto?!
    Aprendesse o homem a ler as coisas, no sentido diametralmente oposto ao instituído e muita luz se faria no espírito dos ambiciosos por se lançarem longe…
    Cuidado pra não se perderem quando descobrirem que a suposta metade é um grão de pó, senão menos ainda, no todo do infinito…
    Para entender Aquilo ( fenómeno, processo , ou o que lhe queiram chamar ), que permite uma dinâmica que conduz à agregação e desagregação da matéria subtil que dá forma às coisas, e como é porquê, e tudo o que contribui para isso, é algo que requer luz no espírito…
    Para o homem comum, DEUS, ( Inteligência Suprema Não Visível Creadora de todas as coisas visíveis e invisíveis ), está no princípio de todas as coisas… Para o homem da ciência; que tende de forma cada vez mais intensamente densa a se cegar; Está e continuará a estar, no fim de toda a reflexão, cada vez menos lúcida, e mais encaminhadora à perdição…!

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