No último jogo da sua carreira enquanto profissional, o suíço jogou ao lado do seu grande rival e amigo Rafael Nadal. Americanos levaram a melhor.
Roger Federer nunca mais vai jogar ténis. Pelo menos em torneios oficiais.
A despedida de um dos maiores ídolos de sempre no desporto ocorreu na noite passada, com o seu último jogo a terminar já na madrugada deste sábado, perto das 00h30, em Londres.
Para a última partida, Federer escolheu o seu grande rival e amigo Rafael Nadal, com quem formou dupla de pares num jogo da Laver Cup, frente aos norte-americanos Jack Sock e Frances Tiafoe.
A Laver Cup foi criada precisamente pela empresa do suíço. Reúne os melhores tenistas da Europa, que defrontam os melhores tenistas dos outros continentes. Björn Borg é o seleccionador da Europa e John McEnroe lidera o resto do mundo.
Federer foi derrotado no seu último jogo enquanto profissional. Num duelo descontraído, que teve direito a Frances Tiafoe a descolar-se ao outro lado do campo para cumprimentar Nadal após um ponto bem jogado, a dupla do resto do mundo venceu por 4-6, 7-6 (7-2) e 11-9.
Roger Federer foi controlando as suas emoções ao longo dos últimos dias mas, mal o jogo acabou, as lágrimas surgiram.
“Eu só queria ser feliz a jogar ténis e passar tempo com os amigos. E terminou aqui. Foi uma viagem perfeita e eu faria tudo de novo“, disse um emocionado tenista – perto de um Rafael Nadal que também chorou constantemente.
Feliz por ter o prazer de poder ver estes dois monstros do desporto a jogarem dezenas de vezes, atletas incríveis dentro e fora do court. Dos maiores exemplos da nossa geração. #RogerFederer #RafaelNadal pic.twitter.com/9HJ8TxhRRx
— Vasco Santos (@vskcsgo) September 24, 2022
Foi o último jogo de um tenista que conquistou 103 torneios ATP, 20 Grand Slam, que passou 310 semanas (seis anos) como líder do ténis mundial, que foi eleito o favorito dos adeptos em 18 anos seguidos, que venceu 5 vezes o prémio de desportista do ano nos Laureus… E por aí fora.
Empate a dois
A Laver Cup 2022 vai continuar sem Roger Federer – que só apareceu em Londres para este duelo. Para já, Europa e resto do mundo estão empatados (2-2).
A Europa conta um autêntico plantel de luxo, com Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray (os quatro que dominaram o ténis ao longo dos últimos quase 20 anos), ao lado de Casper Ruud, Stefanos Tsitsipas e Matteo Berrettini.
Do outro lado, apesar de menos cotados, a selecção mundial também tem nomes fortes: Taylor Fritz, Félix Auger-Aliassime, Diego Schwartzman, Frances Tiafoe, Alex de Minaur, Jack Sock e Tommy Paul.
A Europa conquistou todas as edições (quatro) anteriores deste torneio.