Federer perdeu (e chorou) na despedida

Andy Rain / EPA

Roger Federer após o seu último jogo

No último jogo da sua carreira enquanto profissional, o suíço jogou ao lado do seu grande rival e amigo Rafael Nadal. Americanos levaram a melhor.

Roger Federer nunca mais vai jogar ténis. Pelo menos em torneios oficiais.

A despedida de um dos maiores ídolos de sempre no desporto ocorreu na noite passada, com o seu último jogo a terminar já na madrugada deste sábado, perto das 00h30, em Londres.

Para a última partida, Federer escolheu o seu grande rival e amigo Rafael Nadal, com quem formou dupla de pares num jogo da Laver Cup, frente aos norte-americanos Jack Sock e Frances Tiafoe.

A Laver Cup foi criada precisamente pela empresa do suíço. Reúne os melhores tenistas da Europa, que defrontam os melhores tenistas dos outros continentes. Björn Borg é o seleccionador da Europa e John McEnroe lidera o resto do mundo.

Federer foi derrotado no seu último jogo enquanto profissional. Num duelo descontraído, que teve direito a Frances Tiafoe a descolar-se ao outro lado do campo para cumprimentar Nadal após um ponto bem jogado, a dupla do resto do mundo venceu por 4-6, 7-6 (7-2) e 11-9.

Roger Federer foi controlando as suas emoções ao longo dos últimos dias mas, mal o jogo acabou, as lágrimas surgiram.

“Eu só queria ser feliz a jogar ténis e passar tempo com os amigos. E terminou aqui. Foi uma viagem perfeita e eu faria tudo de novo“, disse um emocionado tenista – perto de um Rafael Nadal que também chorou constantemente.

Foi o último jogo de um tenista que conquistou 103 torneios ATP, 20 Grand Slam, que passou 310 semanas (seis anos) como líder do ténis mundial, que foi eleito o favorito dos adeptos em 18 anos seguidos, que venceu 5 vezes o prémio de desportista do ano nos Laureus… E por aí fora.

Empate a dois

A Laver Cup 2022 vai continuar sem Roger Federer – que só apareceu em Londres para este duelo. Para já, Europa e resto do mundo estão empatados (2-2).

A Europa conta um autêntico plantel de luxo, com Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray (os quatro que dominaram o ténis ao longo dos últimos quase 20 anos), ao lado de Casper Ruud, Stefanos Tsitsipas e Matteo Berrettini.

Do outro lado, apesar de menos cotados, a selecção mundial também tem nomes fortes: Taylor Fritz, Félix Auger-Aliassime, Diego Schwartzman, Frances Tiafoe, Alex de Minaur, Jack Sock e Tommy Paul.

A Europa conquistou todas as edições (quatro) anteriores deste torneio.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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