FC Porto vai levar caso dos emails ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

(cv) YouTube / Porto Canal

Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto

O diretor de comunicação do FC Porto anunciou, esta terça-feira, que o clube está a estudar todas as formas de recorrer contra a proibição de divulgar emails do Benfica, incluindo a hipótese de avançar para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

No “Universo Porto da Bancada” desta terça-feira, o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, anunciou que o clube está a estudar todas as formas de recorrer da decisão do Tribunal da Relação do Porto que, na semana passada, impediu a divulgação de mais emails de dirigentes do Benfica.

“O que conta é a opinião do tribunal e o FC Porto submete-se às decisões do Tribunal mas discordo em absoluto delas”, começou por dizer o responsável dos dragões, citado pelo Jornal de Notícias, considerando que a sentença “põe em causa princípios básicos da democracia” e “oculta a liberdade de expressão”.

“Devo lembrar que o escândalo dos emails, o maior dos últimos tempos do futebol português, originou a abertura de uma investigação por corrupção ativa e passiva e provocou buscas”, recordou ainda, acrescentando que, apesar disso, o clube “não vai por em causa o profissionalismo dos juízes”.

No entanto, Francisco Marques explicou que estão a ser estudadas “todas as formas de recorrer”, incluindo o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem “por perceber que há princípios que são postos em causa”.

“Saber de um tipo de prática e não poder mostrar à sociedade é, no meu entender, ser cúmplice dessas mesmas práticas“, afirmou, citado pelo JN.

Relativamente à multa em caso de incumprimento200 mil euros por cada infração -, o diretor de comunicação dos azuis e brancos considera “exagerada”.

“Nas indemnizações por morte os tribunais portugueses são de uma avareza incrível, neste caso foram mãos largas a ter em conta. Não me lembro de serem pagas indemnizações de 200 mil euros. Parece-me desproporcional. Surpreende que quase 44 anos depois do 25 de abril, a única televisão fora de Lisboa seja a impedida de prestar o direito à informação. Pela primeira vez na democracia portuguesa isso acontece”, concluiu.

Em causa estão mensagens de correio eletrónico dos responsáveis benfiquistas, como o presidente Luís Filipe Vieira, o assessor jurídico Paulo Gonçalves, o comentador e ex-diretor da Benfica TV Pedro Guerra, assim como outros funcionários e dirigentes.

O diretor de comunicação em causa; FC Porto, SAD; FC Porto clube; FC Porto Media e Avenida dos Aliados (empresa que detém o Porto Canal) são os réus neste processo.

ZAP //

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