O FC Porto soma e segue no campeonato português, ao levar de vencida o Portimonense, por 5-2, no Estádio do Dragão.
Seis minutos absolutamente demolidores na primeira parte deram aos “dragões” uma vantagem confortável, que a equipa liderada por Sérgio Conceição se limitou a gerir na segunda parte, na qual Brahimi foi rei e senhor.
Ainda assim, a exibição “azul-e-branca” ficou marcada pelos dois golos do adversário, sendo este o terceiro jogo consecutivo em que a equipa portista não consegue manter a sua baliza intransponível.
O Jogo explicado em Números
- Bom início de partida por parte do FC Porto, que teve uma boa oportunidade para marcar logo aos quatro minutos, num remate de Aboubakar que saiu ligeiramente ao lado. Durante os primeiros 15 minutos, os “dragões” fizeram mesmo três remates, um deles à baliza, e conseguiram ter 66% de posse. Apesar de não terem conseguido importunar Casillas, os algarvios não se coibiam de atacar, chegando por diversas vezes à área contrária.
- Mas o Portimonense acabou por pagar caro a sua irreverência: no espaço de apenas seis minutos, o FC Porto chegou ao golo por três vezes, aproveitando com máxima eficácia as enormes fragilidades demonstradas pela defesa contrária. Primeiro foi Marcano a fazer o gosto ao pé, na sequência de um canto batido pela esquerda por Alex Telles. Depois, Aboubakar ampliou a vantagem, dando a melhor sequência a uma ajuda de Corona pela corredor direito. Por fim, Marega fez o 3-0 após um excelente passe de ruptura de Corona, a colocar a bola nas costas da defesa contrária.
- À meia-hora, os números espelhavam bem o domínio da equipa da casa. Os “dragões” somavam já nove remates, cinco deles enquadrados com a baliza, enquanto o Portimonense ainda só tinha feito um disparo, bloqueado. Mas havia uma outra série de factores em que a equipa portista “massacrava” os visitantes, como posse de bola (66%-34%), eficácia de passe (85%-65%) e cruzamentos de bola corrida (8-1).
- E foi então que, contra a corrente do jogo, o Portimonense conseguiu mesmo chegar ao golo, numa jogada de contra-ataque criada por Paulinho, que soltou a bola para Nakajima rematar colocado para o fundo da baliza (não sem antes deixar Felipe para trás). Terceiro golo do médio japonês só nesta semana, depois de, na segunda-feira, ter bisado frente ao Feirense.
- Após o primeiro tempo, o FC Porto liderava todos os dados referentes à produção ofensiva, com 11 remates, seis deles enquadrados, contra quatro do adversário, um dos quais à baliza. O defesa portista Marcano liderava os GoalPoint Ratings ao intervalo, com nota 6.9, graças em grande parte ao golo apontado, a que somava ainda quatro duelos aéreos ganhos, dois foras-de-jogo provocados e dois alívios. Da parte do Portimonense, o “líder” era Nakajima 6.0, com um golo, um passe para finalização, seis duelos ganhos e dois dribles eficazes (um deles dentro da área contrária).
- A segunda parte arrancou com o quarto golo do FC Porto, apontado por Brahimi, numa jogada que teve início no corredor direito, com a bola a passar pelos pés dos dois avançados portistas antes de sobrar para o internacional argelino, que ainda contou com um desvio de um adversário para colocar a bola no fundo da baliza. O golo acabaria por embalar os “dragões” para um período inicial de grande qualidade, com três disparos (dois deles à baliza) só nos primeiros 15 minutos.
- Aos 68, o FC Porto fez o 5-1, numa jogada que começa e termina em Brahimi e que conta com a preciosa colaboração de Aboubakar, que assiste o argelino com um toque de calcanhar. Acentuava-se ainda mais a goleada, mas o Portimonense acabaria por responder com mais um golo, desta vez de Rúben Fernandes, que surgiu no meio da defesa portista após um cruzamento de Hackman.
- Mesmo ausente dos golos, Herrera dava nas vistas pelo seu importante contributo tanto a defender como a atacar. À entrada para os últimos cinco minutos, o mexicano liderava em acções defensivas (nove) e em número de passes (62, dos quais 58 eficazes, sendo que dois deles resultaram em ocasiões de finalização).
O Homem do Jogo
Há muito que não se via um Brahimi tão endiabrado. O internacional argelino relembrou (como se fosse preciso fazê-lo) que é um dos melhores jogadores a actuar no nosso campeonato, através de uma exibição tão completa que quase valeu nota perfeita nos GoalPoint Ratings.
Para além dos dois golos apontados, Brahimi registou quatro remates, todos eles enquadrados, oito dribles eficazes em nove tentativas, 85 toques, 54 passes, dez duelos ganhos e nove recuperações de bola, o que lhe valeu um 9.6 – a segunda nota mais alta no campeonato até ao momento.
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Jogadores em foco
- Alex Telles 7.0 – Nem parece que esteve lesionado. A somar aos dois passes para finalização acrescentou um remate enquadrado (uma “bomba), dois cruzamentos eficazes, 64 passes, 106 toques, dez recuperações de posse e ainda sete acções defensivas. Pela negativa, perdeu a bola 28 vezes.
- Marega 6.9 – Rematou por quatro vezes, duas delas à baliza, e marcou um golo. Na segunda parte assistiu Brahimi para o 4-1, no único passe para finalização da sua autoria.
- Paulinho 6.2 – Excelente jogo do médio brasileiro, que conseguiu uma assistência, dois remates enquadrados, três dribles eficazes e ainda cinco desarmes.
- Nakajima 5.8 – Dos seus pés saiu o primeiro golo do Portimonense, numa boa jogada individual. Foi ainda o autor de quatro dribles eficazes e de 39 toques, mas registou apenas 16 passes, dez dos quais eficazes.
- Felipe 4.8 – Noite negativa para o defesa brasileiro, apesar das sete intercepções. Falhou três desarmes, venceu apenas cinco dos 12 duelos que disputou e não enquadrou com a baliza nenhum dos dois remates que fez.
Resumo
// GoalPoint
Eh pá… Mas aqui não bruxos nem emails “fantasmas”… Curioso…