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FC Porto vs Galatasaray | Marega resolve à cabeçada

José Coelho / Lusa

FC Porto conquistou a primeira vitória na edição 18/19 da Liga dos Campeões, diante do Galatasaray.

Os “dragões” venceram por 1-0, golo de Moussa Marega no início do segundo tempo, dando expressão à superioridade lusa durante todo o encontro – apesar de os turcos terem sido perigosos, em especial na primeira parte.

O domínio portista, aliado à qualidade no passe e à falta dela por parte do “Gala”, não deixam dúvidas quanto à justiça do resultado.

O Jogo explicado em Números

  • Jogo muito competitivo no primeiro quarto-de-hora, com lances de parada e resposta e a ideia de que o Galatasaray não estava no Dragão apenas para ver jogar. Por esta altura o Porto tinha mais bola (61%), mas os turcos mais um remate (3-2), o único enquadrado e três cantos, conta um do Porto.
  • Por volta dos 25 minutos o Porto registava apenas três acções com bola dentro da grande área do Galatasaray, duas por Moussa Marega, uma por Yacine Brahimi. Contudo, aos 26, o argelino esteve quase a marcar, através de um pontapé acrobático na sequência de um cruzamento de Jesús Corona, mas Fernando Muslera realizou uma defesa extraordinária.
  • À meia-hora já os “dragões” haviam controlado o seu adversário. Para além de registarem 62% de posse, também já somavam mais um remate (6-5) e mais um enquadrado (2-1). Os turcos começavam a ter dificuldade nas transições, fruto da fraca eficácia de passe, somente 62% nesta fase. Mérito para o Porto, ao cortar rapidamente qualquer lance contrário.
  • Iker Casillas evitou o golo de Yuto Nagatomo aos 38 minutos, num dos lances mais perigosos do desafio. Ao aproximar-se o descanso, os turcos conseguiram soltar-se um pouco mais, aumentando a posse de bola para 43% e aproximando-se com perigo da baliza lusa.
  • Nulo ao descanso a premiar a consistência defensiva do Galatasaray e a menor pontaria do Porto.
  • Ambas as formações chegaram ao intervalo com oito remates, mas os turcos somavam três enquadrados, contra apenas dois dos “dragões”.
  • Dos disparos do Gala com boa direcção, dois não deram golo devido a providenciais intervenções de Iker Casillas.
  • O melhor nesta fase era o lateral-direito dos turcos, Martin Linnes, com um GoalPoint Rating de 6.1, fruto, essencialmente, dos quatro desarmes que realizou.
  • O FC Porto, contudo, corrigiu rapidamente as questões ofensivas, fazendo o 1-0 logo aos 48 minutos. Alex Telles bateu um canto da esquerda do ataque e Marega, completamente solto de marcação à entrada da pequena área, cabeceou para o fundo das redes. Um tento ao nono remate portista no jogo, terceiro enquadrado.
  • À passagem da hora de jogo os “azuis-e-brancos” tinham o encontro controlado, com 70% de posse de bola no segundo tempo, dois remates, um golo, 89% de eficácia de passe, contra 68% dos turcos, e nenhum sobressalto desde o descanso. Alex Telles começava a destacar-se dos demais, com uma assistência em cinco passes para finalização.
  • O Galatasaray não conseguia reagir ao golo sofrido, somando apenas um remate no segundo tempo, à passagem do minuto 70. O passe continuava a ser um problema para os turcos, que viam todos os caminhos para a baliza portista tapados. O facto de também não conseguir realizar cruzamentos (só três em todo o jogo nesta fase, contra os 13 dos portugueses) diz bem das dificuldades turcas em definir os lances.
  • O Porto terminou a partida a tentar aproveitar a subida do Galatasaray no terreno, mas o resultado não viria a sofrer alterações, devido ao domínio dos “dragões” e à má qualidade de passe dos turcos, que terminaram com fracos 68% de eficácia nas entregas.

O Homem do Jogo

Brahimi esteve relativamente discreto ao longo da partida, com excepção de um lance acrobático cujo melhor desfecho foi travado por Muslera.

Porém, no segundo tempo, aproveitando o balanceamento ofensivo do Galatasaray à procura do golo do empate, o argelino acabou por melhorar substancialmente, ao ponto de terminar como melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.4.

O extremo terminou a partida com quatro remates, dois passes para finalização e uma ocasião flagrante criada. Não foi tão eficaz no drible como costuma (apenas dois completos em seis tentativas), mas ajudou defensivamente, com sete recuperações de posse e três desarmes.

Jogadores em foco

  • Marega 5.3 – O maliano foi desconcertante, mesmo que decisivo. Potente, rápido, ao mesmo tempo trapalhão, esteve no sítio certo para fazer o único golo da partida, num total de quatro remates. O seu rating modesto reflecte uma ocasião flagrante desperdiçada, mas também algumas variáveis nas quais foi o “pior” em campo: dois remates desenquadrados, 56% de eficácia de passe, quatro desarmes sofridos, quatro maus controlos de bola, três foras-de-jogo.
  • Jesús Corona 6.3 – Muitas vezes incompreendido, o mexicano acaba quase sempre por cumprir. O extremo terminou a partida com três passes para finalização, três dribles completos em quatro tentativas e quatro cruzamentos, sendo um eficaz.
  • Alex Telles 6.2 – Os números do brasileiro são invariavelmente especiais. Nesta partida, o lateral fez a assistência para o único golo do jogo, realizou cinco passes para finalização, teve sucesso em dois de seis cruzamentos e ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos.
  • Muslera 5.9 – O guarda-redes uruguaio foi o melhor do Galatasaray. Ao todo realizou quatro defesas, três a remates dentro da sua área, e ainda somou três saídas pelo ar eficazes. Só não pôde fazer nada no golo de Marega, visto o maliano ter cabeceado sem qualquer oposição.
  • Iker Casillas 5.5 – Uma palavra para Casillas. O guarda-redes do Porto nem foi chamado a intervir muitas vezes, mas quando o fez foi verdadeiramente decisivo. Das três defesas que realizou, duas evitaram golos praticamente certos, no final da primeira parte.

Resumo

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