FC Porto acusa Bruno “Miguel Duarte” Paixão de ligações ao Benfica

(cv) YouTube / Porto Canal

Francisco J. Marques, director de comunicação do FC Porto

O FC Porto, através do seu diretor de comunicação, Francisco J. Marques, acusou, esta terça-feira, o árbitro Bruno Paixão de ligações ao Benfica, alegadamente através da intermediação de Nuno Cabral, antigo delegado da Liga.

Francisco J. Marques referia-se a uma alegada conversa numa rede social (Facebook), datada de março de 2014, entre o árbitro da associação de Setúbal e o ex-delegado da Liga, em que o juiz, após apitar um Tondela-Benfica B, terá mandado o delegado a esse jogo “fazer fichas novas”, porque no seu entender não estavam bem preenchidas.

O diretor de comunicação dos dragões disse, no programa ‘Universo Porto da Bancada’, no Porto Canal, que a conversa de Nuno Cabral foi com um Miguel Duarte, afirmando o dirigente portista ser este um pseudónimo usado por Bruno Paixão.

“No dia 9 de março de 2014, às 20h47, o Nuno Cabral, conhecido como Eva Mendes e na altura delegado da Liga, envia um mail ao Paulo Gonçalves que diz assim: ‘Caro doutor’ e anexa um ‘print screen’ de Facebook, em que consta uma conversa com Miguel Duarte. Bruno Miguel Duarte Paixão, mais conhecido por Bruno Paixão. Porque é que o árbitro Bruno Paixão tinha um Facebook no qual se chamava Miguel Duarte para falar com Nuno Cabral?”, questionou o dirigente portista no programa.

O diretor de comunicação do FC Porto acrescenta: “E porque é que Paixão está em grande diálogo com ele para Nuno Cabral enviar a informação para o Benfica, para Paulo Gonçalves? Acabámos de estabelecer mais um árbitro com ligação ao Benfica através de um intermediário, Nuno Cabral, e Paixão usava um pseudónimo”.

O diretor de comunicação dos dragões apelidou a situação de vergonhosa e exigiu explicações para mais um caso em que considera haver ligação de árbitros ao Benfica.

Luís Filipe Vieira suspenso 67 dias

Entretanto, o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) puniu Luís Filipe Vieira com 67 dias de suspensão devido a declarações do presidente do Benfica sobre o seu homólogo do Sporting.

Em causa estão palavras proferidas na zona mista do Estádio José Alvalade depois do jogo da época passada entre Sporting e Benfica, na qual acusou Bruno de Carvalho de ser “demagogo, populista e mentiroso compulsivo”.

“As pessoas têm de pensar muito no que estão a fazer. Não podem mandar as pedras e depois esconder as mãos. Há 15 ou 16 anos tivemos, dentro da nossa casa, um mentiroso compulsivo e um demagogo e soubemos recuperar o Benfica e trazê-lo para onde está hoje. Hoje, quando recebi a carta do Sporting, recordei-me desses tempos, de gente populista e mentirosa compulsiva“, disse.

O Sporting apresentou queixa e a Comissão de Instrutores da Liga fez chegar ao Conselho de Disciplina da FPF, que a julgou “procedente, por provada a acusação”.

Além dos 67 dias, o dirigente vai pagar uma multa de 3.902 euros.

O Benfica já anunciou que vai recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).

“O Sport Lisboa e Benfica considera totalmente inadequado, desajustado e injusto o castigo hoje aplicado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol ao presidente do Sport Lisboa e Benfica SAD, Luís Filipe Vieira, pelo que de imediato adotará os procedimentos adequados no sentido de recorrer desta decisão para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD)”, pode ler-se no comunicado divulgado na página oficial do clube.

Na nota, o Benfica refere que, na ocasião, o dirigente, “no exercício das suas legítimas funções e do seu livre direito de expressão, entendeu dar resposta a um conjunto de permanentes e reiteradas declarações, ora demagógicas, ora falsas, e na maioria dos casos eivadas de intoleráveis insinuações”.

O Benfica acrescenta ainda não ser “admissível qualquer tipo de interpretação que não tenha em conta o contexto e a necessidade de legítima defesa onde essas declarações se inseriram”, destacando “as falsas declarações de um presidente de uma instituição que inventou publicamente uma conversa que nunca existiu e que, posteriormente desmentido, veio afirmar que afinal estava a ironizar, facto que omitiu quando fez tais declarações”.

“Não se deixa de estranhar a existência desta sanção sustentada num Acórdão cujos argumentos estão em flagrante oposição à mais recente jurisprudência do Conselho de Disciplina”, acrescenta o Benfica, adiantando: “Esta iniciativa sancionatória é tanto mais surpreendente quando se tem assistido a campanhas difamatórias do bom nome do SL Benfica e dos seus agentes, e a discursos cujo nível de linguagem é baixo e desprestigiante para as competições desportivas, em que não são conhecidas quaisquer sanções”.

ZAP // Lusa

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