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A Fashion Revolution quer saber quem faz a nossa roupa

A associação britânica sem fins lucrativos Fashion Revolution acredita que a transparência é o primeiro passo para transformar a indústria da moda, e tudo começa com uma questão: “Quem fez a minha roupa?”, porque “merecemos saber que o que compramos não foi feito com recurso à exploração”.

Vivemos numa época em que o consumo é desenfreado. Surgem produtos baratos, com um curto período de vida, e somos estimulados a comprar mais e mais. Mas muitas vezes o processo de produção não é completamente transparente.

Admiramo-nos quando aparecem casos como o das bolas da Nike, que eram cosidas por crianças em condições inumanas, mas há outras marcas que exploram os trabalhadores ou prejudicam de variadas formas a natureza.

Com o objetivo de sensibilizar os consumidores para o verdadeiro custo das peças de roupa, tendo em vista um futuro mais sustentável, a Fashion Revolution criou a campanha Fashion Revolution Week., que tem este ano a sua 4ª edição.

O evento assinala a data do colapso do complexo industrial Rana Plaza, em Dacca, no Bangladesh, no qual a 24 de abril de 2013 morreram 1.100 trabalhadores. O complexo têxtil concentrava várias unidades de confeção onde eram fabricadas peças para diversas marcas de moda, como a Benetton, a Primark ou a Mango.

A iniciativa, que começou no dia 24 de abril, conta com atividades em várias cidades, incluindo Lisboa. A programação inclui workshops, palestras, oficinas de transformação e reparação de peças de roupa, mercado justo e sustentável de produtos portugueses, um swap market e um desfile de marcas sustentáveis com street casting.

A Fashion Revolution encoraja ainda as pessoas a tirarem um fotografia com a roupa do avesso, de forma a ver-se a marca da peça, e partilharem nas redes sociais com o hashtag #whomademyclothes. Assim, estimulam os consumidores a exigir transparência na cadeia da indústria da moda.

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