Famílias estão a mudar para preços indexados. Há quem consiga energia de borla

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Milhares de famílias mudaram no início deste ano o seu fornecedor de energia, trocando as tarifas fixas por preços indexados. Parte destas famílias clientes estão a receber faturas próximas do zero — e em alguns casos até recebem dinheiro.

Há em Portugal consumidores que em vez de pagar pela eletricidade que consomem estão a ser pagos pelo que consomem.

Segundo informações recolhidas pelo jornal Expresso, em pelo menos duas empresas de energia a operar no nosso mercado com preços indexados de eletricidade houve situações com valor negativo do kilowatt hora em janeiro.

Em alguns casos, a faturação resultou em notas de crédito a favor dos clientes, que, diz o jornal, não só não tiveram de pagar nada como ainda receberam um crédito a descontar na fatura de fevereiro.

Em outros casos, a fatura de janeiro foi muito próxima de zero.

A Luzboa, comercializador de energia com sede em Viseu, e a cooperativa Coopérnico são dois casos de fornecedores cujos clientes conseguiram em janeiro notas de crédito por terem contratado tarifas indexadas, que resultaram em preços negativos de kWh.

A Coopérnico surge no simulador de preços da ERSE como tendo a oferta de eletricidade mais barata do mercado.

Em declarações ao Expresso, o co-fundador da cooperativa, Nuno Brito Jorge, admitiu que a Coopérnico “teve no início do ano uma adesão significativa para o que era a sua carteira de clientes”.

As tarifas de eletricidade indexadas são desconhecidas da maioria dos clientes, que optam frequentemente por um contrato de tarifa fixa, com as quais durante o primeiro ano de contrato o preço nunca muda, explica o Compara Mais.

As tarifas indexadas têm uma componente variável que se baseia nos preços da produção de energia, pelo que, à medida que os custos de energia flutuam, o mesmo acontece com os seus pagamentos mensais numa tarifa indexada de eletricidade.

Estas tarifas funcionam ligando o preço do kWh da luz ao custo de produção de energia. Como todos os dias há leilões de energia, o preço do kWh está a mudar constantemente.

Assim, a tarifa indexada é ajustada mensalmente, o que determina quanto é que o consumidor paga a mais ou a menos, em cada mês — mecanismo que permite, em alguns casos, que a fatura se aproxime de zero ou resulte em crédito para o cliente

ZAP //

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4 Comments

  1. O problema vai estar nos meses em que a produção seja inferior à procura, depois choram com uma fatura idêntica a um ano de consumo na tarifa fixa, aí já se vão queixar e apercebem-se que tem contratos dos quais não podem sair durante mais uns meses

    • Pode controlar.
      Assim que verifica que os valores estão a subir, pode nesse mesmo dia fazer a transição para outro fornecedor.
      Estou há 4 meses a pagar entre 5 e 10€/mês, com um consumo de aproximadamente 330/350 kw.

  2. Srº Paulo não é verdade o que diz, as pessoas podem mudar de comercializador a cada momento, que está mal muda-se tem sido o meu caso,ainda bem que temos essa liberdade.

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