A família de um rapaz menor que terá sido abusado por um padre da diocese de Lisboa terá chantageado o sacerdote, pedindo dinheiro para não o denunciar. Este é um dos casos que chegou à Comissão Independente que investiga abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa.
O caso reporta a 2002 e é relatado por um padre que não se quis identificar ao Expresso.
Tudo aconteceu na diocese de Lisboa, segundo aquela fonte, onde a família do rapaz alegadamente abusado preferiu chantagear o padre em vez de o denunciar à Igreja, ou à polícia.
“A família começou por pedir 10 mil euros. Mas o padre foi extorquido mais do que uma vez. O objectivo deles não era fazer Justiça, mas apenas encostar o padre à parede e ficar com o dinheiro“, relata o padre referido ao Expresso.
“O menor estava muito zangado com os pais por terem tido aquela atitude gananciosa”, conta ainda o mesmo sacerdote, frisando que as autoridades religiosas e policiais nunca tiveram conhecimento do caso.
Mas a situação de abuso chegou agora ao conhecimento da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra Crianças na Igreja Católica Portuguesa por denúncia do padre referido pelo semanário.
Quanto ao sacerdote que terá abusado do rapaz, morreu há dois anos devido a “causas naturais”, como nota o mesmo jornal.
Mas o padre ouvido pelo Expresso revela que o sacerdote alvo de chantagem chegou a pensar em cometer suicídio. “Ele tinha tudo planeado para parecer um acidente, atirando o carro que guiava para o Tejo”, refere, notando que “não queria que a família soubesse do caso por vergonha“.
“Ajudei-o e impedi que ele se matasse. E convenci-o a mudar de ideias argumentando que as perícias médico-legais evoluídas iam concluir que não era um acidente mas suicídio. E que se iria saber tudo na mesma”, relata ainda o padre.
O Sacerdote , é culpado , mas o comportamento dos Pais da suposta vitima , é digno de proxenetismo !
Se for verdade – o que duvido muito!…
Tem razão ! ….. aliás geralmente em temas como este , expresso sempre “a ser verdade” !…o que mais me deixa perplexo , é o facto de as “supostas” vitimas se manifestarem só Anos após os abusos e não apresentarem queixa nas Instancias Publicas !