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Famalicão 3-1 Sporting | Silas despede-se com derrota

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O Sporting fechou a 23ª jornada da Liga NOS com a oitava derrota no campeonato, a 15ª na época, que iguala o seu pior registo histórico.

Na visita ao Famalicão, os “leões” saíram derrotados por 3-1, muito por culpa de um péssimo arranque de partida – ou de um óptimo começo por parte dos homens da casa -, com dois golos sofridos nos primeiros dez minutos.

O Fama regressou assim aos triunfos e completou o pleno de vitórias frente aos “leões”, pois ganhou também em Alvalade na primeira volta, graças a tentos de Diogo Gonçalves (2) e Uros Racic. Sebastián Coates fez o tento forasteiro, insuficiente para segurar Silas, que abandona o comando da equipa após este jogo.

O jogo explicado em números

  • Os golos chegaram cedo. Logo aos cinco minutos, Uros Racic arrancou um pontapé de primeira de fora da área e a bola só parou no fundo da baliza leonina. Primeiro remate, primeiro golo. E aos oito minutos o 2-0, ao segundo disparo da partida, desta feita por Diogo Gonçalves. Pesadelo para o “leão” no arranque do jogo.
  • O primeiro quarto-de-hora foi fiel ao resultado. Equilíbrio total na posse de bola, mas só o Famalicão apresentava números ofensivos relevantes, com quatro remates, dois enquadrados e que deram golo. Aos 17 minutos, porém, Sporar esteve muito perto de reduzir, mas acertou nas malhas laterais.
  • Aos poucos o Sporting assentou o seu jogo e começou a ter mais bola, chegando à meia-hora com 58% de posse e três remates, mas nenhum na direcção da baliza. Boa a qualidade de passe dos “leões”, que chegaram a esta altura do jogo com 88% de eficácia em cerca de 190 entregas. Mas faltava competência na frente, como tiveram os homens da casa.
  • Racic ia liderando os ratings, com 7.0, pelo grande golo que marcou, mas também pelas três acções defensivas, sendo dois delas desarmes. O melhor da equipa leonina era Neto, que não passava de 5.9, ele que registava o número máximo de acções com bola (36) e 100% de eficácia de passe.
  • A pressão leonina nos últimos minutos do primeiro tempo foi intensa e, nos descontos, na sequência de um livre da direita cobrado por Marcos Acuña, o Sporting reduziu, por Sebastián Coates, a cabecear colocado ao sétimo remate forasteiro, curiosamente o primeiro enquadrado.
  • A entrada de rompante do Famalicão no jogo, com dois golos nos primeiros dez minutos, fazia antever uma espécie de hecatombe leonina no jogo.
  • Mas a verdade é que os “leões”, aos poucos, foram impondo o seu futebol e terminaram o primeiro tempo em cima dos homens da casa, conseguindo reduzir a desvantagem perto do descanso.
  • Racic, autor do 1-0, um belo golo, liderava os GoalPoint Ratings, com 7.0, registando também seis acções defensivas, entre elas três desarmes.

José Coelho / Lusa

  • O primeiro quarto-de-hora do segundo tempo teve muito mais Sporting, que chegou aos 70% de posse, mas com lances de perigo de ambos os lados, com Luciano Vietto, primeiro, e Racic, depois, a desperdiçarem dois bons lances. Nesta altura os homens da casa sentiam algumas dificuldades no passe, não passando dos 67% de acerto, e os lisboetas iam aproveitando esse facto para dominar.
  • Mas numa rápida transição, aos 66 minutos, o Famalicão ampliou. Diogo Gonçalves foi lançado por Pedro Gonçalves, trabalhou bem sobre Neto e rematou colocado para o bis na partida. Um tento ao quarto remate anfitrião no segundo tempo, primeiro enquadrado, numa altura em que o Sporting dominada, mas não tinha mais do que um disparo desde o descanso.
  • O Sporting passou a ter uma montanha para escalar e mesmo com 67% de posse de bola aos 70 minutos, não tinha mais do que quatro acções com bola na grande área famalicense, bem como três remates, dois de fora da área, nenhum enquadrado.
  • O terceiro golo tirou em definitivo a crença ao “leão”, que continuou a ter mais bola, mas nunca teve ideias para criar lances de perigo. Até final, destaque apenas para Anderson Oliveira, em cima dos 90 minutos, que isolado permitiu a defesa a Luís Maximiano. O Famalicão regressou assim às vitórias na Liga, sete jogos depois, enquanto o Sporting somou a oitava derrota na prova.

O melhor em campo GoalPoint

O jogo começou com uma “bomba” do Sérvio e terminou com o médio na liderança dos GoalPoint Ratings. Uros Racic registou um 7.1, muito por culpa do golo espectacular que marcou, de fora da área, num disparo de primeira.

Para além disso esteve muito activo no trabalho colectivo, com nove acções defensivas, entre elas três desarmes e quatro alívios. Em 50 acções com bola, perdeu-a apenas oito vezes.

Jogadores em foco

  • Nehuén Pérez 7.1 – O central argentino registou menos cinco centésimas que Racic. Pérez alcançou o número máximo de duelos aéreos defensivos ganhos (três em quatro), bem como de desarmes (4) e alívios (7), tendo ainda somado nove recuperações de posse.
  • Sebastián Coates 7.1 – O melhor do Sporting. O central – que fez autogolo no jogo da primeira volta – fez o tento leonino, de cabeça, em cima do intervalo, completou dez de 18 passes longos e teve eficácia em 13 passes progressivos.
  • Pedro Gonçalves 6.8 – O médio famalicense esteve em todo o lado. Na retina ficou a assistência para o segundo golo de Diogo Gonçalves, mas Pedro Gonçalves fez bem mais que isso. Ao todo somou três passes para finalização, nove passes progressivos certos, completou duas de três tentativas de drible e registou nove recuperações de posse.
  • Jovane Cabral 6.8 – Um dos mais inconformados entre os “leões”. O jovem extremo fez quatro passes para finalização, dois deles criando ocasiões flagrantes. Para além disso, teve sucesso nos dois cruzamentos que realizou e tentou sete vezes o drible, com sucesso em apenas duas.
  • Neto 6.5 – O central foi ultrapassado por Diogo Gonçalves no 3-1, algo que lhe mancha a exibição, mas os seus números são muito interessantes. O internacional luso fixou o número máximo de passes progressivos certos na Liga 19/20, nada menos que 29, registando ainda 16 passes longos certos em 18. Completou 98% dos 86 passes que realizou e foi o segundo no número de acções com bola (103). Falou no final como jogou: grosso, embora inglório.
  • Diogo Gonçalves 6.5 – Uma das grandes figuras da partida. O extremo ainda não tinha golos na Liga, mas esta terça-feira fez dois, no dois remates enquadrados que realizou (em cinco). E ainda completou duas de cinco tentativas de drible.

Resumo

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