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Falha da Força Aérea permitiu acesso a armas ao atirador do Texas

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Larry W. Smith / EPA

O autor do ataque que matou 26 pessoas nos Estados Unidos devia ter sido referenciado para que não tivesse acesso a armas. A Força Aérea reconheceu o erro e está a investigar a forma como a instituição lidou com o atirador do Texas.

A Força Aérea norte-americana abriu um inquérito interno devido à sua falha em introduzir numa base de dados federal informações importantes sobre Devin Kelley, o homem que matou 26 pessoas numa igreja do Texas.

Esta segunda-feira, a Força Aérea admitiu em comunicado que falhou um procedimento de segurança. Kelley, depois de ter sido condenado por violência doméstica, foi afastado do serviço militar mas o seu nome não foi incluído na base de dados que bloquearia o seu acesso à arma que usou para atacar a igreja batista em Sutherland Springs.

Segundo a lei federal, o acesso livre e legal a armas de fogo deveria ter sido impedido a Devin Patrick Kelley, por ter sido condenado por violência doméstica contra a sua mulher e enteado. Além disso, a polícia conta que havia mensagens do atirador via telemóvel com ameaças à sogra.

As autoridades revelaram que foram apreendidas três armas no local do ataque e no veículo de Kelley: uma pistola de 9 mm, um revólver de 5,6 mm e a arma semi-automática que terá sido usada.

No último ano, o nome do atirador do Texas foi introduzido no sistema de verificação de registo criminal por ter comprado armas duas vezes, no entanto, não houve nenhum alerta.

À Reuters, Robyn Thomas, diretor do Centro Gifford de Prevenção de Violência com Armas, disse que “é preciso corrigir o que aparenta ser uma falha grave“.

O erro vai ser investigado pela Força Aérea norte-americana que assegura que irá procurar casos semelhantes de condenações dos seus membros que não tenham sido introduzidos na base de dados.

Para garantir que todos os casos de dispensa por má conduta foram reportados corretamente, o Pentágono afirma ter pedido ao inspetor-geral do Departamento de Defesa a revisão das políticas e procedimentos tomados nestes casos.

Apesar de não haver uma lista oficial com os nomes das vítimas mortais da maior matança da história do Texas, entre elas estão mais de uma dezena de crianças e uma grávida. As idades dos assassinatos vão de 17 meses a 77 anos.

ZAP // BBC / The Independent

3 Comments

  1. A maior falha é a mentalidade da grande maioria dos americanos que entendem que para estarem protegidos devem andar armados até aos dentes!

    • Eu não diria a maioria – talvez metade, principalmente no interior.
      Mas essa mentalidade é altamente “patrocinada” pela industria de armamento, que tem um lobby fortíssimo e que, tal como o Trump fez com os menos esclarecidos, se aproveita da ignorância/falta de bom senso para fomentar a posse de armas!

      • O mal é bem antigo e pelos vistos bem difícil de erradicar da cabeça daquela gente que não serão assim tão ignorantes como pensará, talvez mais egoístas e brutais!

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