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Fake news no Parlamento. PS marca debate e quer medidas contra a desinformação

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António Cotrim / Lusa

O plenário da Assembleia da República irá discutir, pela primeira vez, o problema das fake news. Só existe uma iniciativa legislativa: a do PS, promotor do debate.

O Parlamento dedica o debate desta quarta-feira ao tema da desinformação e das fake news, ou notícias falsificadas, em que o PS vai reclamar medidas ao Governo para garantir a cibersegurança nas eleições deste ano.

Este é o primeiro debate sobre fake news realizado na Assembleia da República desde que o fenómeno ganhou novas proporções, como a vitória do “sim” no referendo à saída do Reino Unido da União Europeia, ou Brexit, em 2018, alegadamente influenciado pela desinformação.

A marcação foi feita pelo PS que reservou o debate parlamentar, cerca de duas horas, ao tema “Combate à desinformação – Em defesa da Democracia”. Desconhece-se ainda a posição dos restantes partidos sobre a resolução.

Segundo o Diário de Notícias, este tema é muito controverso, uma vez que até a realização deste debate gerou polémica. O PS terá bloqueado aos outros partidos o direito de apresentarem as suas iniciativas. Segundo o matutino, o Bloco de Esquerda e o CDS já protestaram, dado que, pelo menos os centristas, tencionavam apresentar um projeto de resolução.

Portugal é um dos países da União Europeia que optou por não legislar nesta matéria, acompanhando, porém, as recomendações adotadas, por exemplo, pela Comissão Europeia e pela assembleia parlamentar do Conselho da Europa. Através do Ministério da Educação, têm sido apoiadas várias iniciativas a favor da literacia mediática, incluindo nas escolas.

No texto da resolução, os socialistas propõem que o Governo tome medidas para garantir a cibersegurança das estruturas e equipamentos para a preparação e realização das próximas eleições, europeias, regionais na Madeira e legislativas, em Portugal, segundo o projeto de resolução entregue no parlamento.

A resolução, impulsionada pelo deputado socialista José Magalhães, propõe que esta seja uma das medidas a adotar pelo executivo, em articulação com a União Europeia, a par da intensificação da “luta contra as falsas notícias criadas em plataformas digitais para difundir maciçamente desinformação”.

No texto, que não é uma lei e funciona como recomendação ao Governo, o PS sugere o alargamento do consórcio Internet Segura, com a criação de um balcão de apoio aos cidadãos, e o incentivo à “promoção de conteúdos contra a desinformação de empresas e órgãos” de comunicação social.

O PS quer ainda que seja assegurada “a transparência dos algoritmos das plataformas digitais” e a promoção da “literacia mediática”, designadamente nas escolas, incluindo módulos sobre desinformação no projeto educa.rtp.pt, por exemplo.

Outro dos objetivos é garantir “a participação dos media portugueses em campanhas nacionais e internacionais de informação sobre as formas que assume a falsificação noticiosa”.

Uma das primeiras propostas é a divulgação e debate da tradução em português do plano de ação contra a desinformação aprovado pela Comissão Europeia, em dezembro de 2018, e das resoluções da assembleia parlamentar do Conselho da Europa, de janeiro de 2019.

As fake news, comummente conhecidas por notícias falsificadas, desinformação ou informação propositadamente falsificada com fins políticos ou outros, ganharam importância nas presidenciais dos EUA que elegeram Donald Trump, no referendo sobre o Brexit no Reino Unido e nas presidenciais no Brasil, ganhas por Jair Bolsonaro.

O Parlamento Europeu quer tentar travar este fenómeno nas europeias de maio e, em 25 de outubro de 2018, aprovou uma resolução na qual defende medidas para reforçar a proteção dos dados pessoais nas redes sociais e combater a manipulação das eleições, após o escândalo do abuso de dados pessoais de milhões de cidadãos europeus.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. … se o PS tivesse um pouco de Xico esperto na cabeça criava era um organismo contra a corrupção mas como se dão tão bem com a dita corrupção a vida continua e vai-se enrolando a Nação com problemas de fazer em casa e para enrolar o povo incauto, há eleições próximo.

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