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Facebook Dating não chega a tempo do dia de S. Valentim. App está sob investigação

O Facebook Dating já está disponível nos Estados Unidos, mas há dúvidas sobre se cumpre as regras europeias de proteção de dados.

Em setembro, o Facebook anunciou que iria lançar a sua aplicação de encontros na Europa no início de 2020. A data de chegada era a 13 de fevereiro, mas uma investigação da Comissão de Proteção de Dados irlandesa (DCP) deitou por terra os planos da empresa, avança o Observador.

O Facebook decidiu adiar o lançamento na Europa da sua nova aplicação de encontros, depois de as autoridades irlandesas abrirem uma investigação sobre o tratamento dos dados dos utilizadores.

“É muito importante que façamos bem o lançamento do Facebook Dating, pelo que estamos a levar um pouco mais de tempo para ter a certeza de que o produto estará pronto para o mercado europeu”, afirmou um porta-voz, depois de a Comissão de Proteção de Dados Irlandesa (IDPC) anunciar ter revistado os escritórios do Facebook em Dublin e apreendido documentação.

A empresa de Mark Zuckerberg tem a sua sede europeia neste país, pelo que cabe ao regulador irlandês vigiar o cumprimento do Regulamento Geral europeu sobre a Proteção de Dados (RGPD), estabelecido pela União Europeia em maio de 2018.

Segundo um comunicado da entidade reguladora irlandesa, o Facebook não disponibilizou informações suficientes acerca da forma como a aplicação recolhe e trata os dados dos utilizadores. O DCP avança que a rede social apenas o informou do lançamento da aplicação na Europa cerca de 10 dias antes da data estabelecida.

Perante a falta de resposta aos seus pedidos de informação, a DPC decidiu abrir uma investigação ao Facebook, enviando vários inspetores para revistar os seus escritórios em Dublin.

“Temos vindo a trabalhar para garantir a segurança e privacidade dos utilizadores e partilhamos a nossa decisão com DPC antes de avançarmos com o lançamento na Europa”, garantiu um porta-voz da rede social, em comunicado.

Na semana passada, a DCP abriu duas investigações formais à Google e ao Tinder. Em causa está a forma como lidam com as informações privadas dos utilizadores europeus.

ZAP //

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