A economia da China está a recuperar enquanto os norte-americanos aumentam as compras durante a pandemia, com destaque para equipamentos de proteção individual e aparelhos eletrónicos.
Dados divulgados na segunda-feira mostraram que a China registou um recorde no superávite comercial de novembro, atingindo os 75,4 mil milhões de dólares (cerca de 62,2 mil milhões de euros), depois que as exportações aumentaram 21,1% em comparação com o ano anterior, noticiou na segunda-feira a NPR.
Grande parte do aumento foi impulsionado por um salto de 46% nas exportações para os Estados Unidos (EUA) – apesar das tarifas impostas pelo Presidente Donald Trump, que contribuíram para o agravamento das relações entre os dois países. É pouco provável que estas melhorem com a entrada de Joe Biden, eleito em novembro.
“A surpreendente força das exportações da China desde a reabertura económica foi impulsionada principalmente pelo seu estatuto de primeira economia a sair da pandemia de covid-19 e beneficiária do enorme alívio financeiro fornecido pelos mercados para manter a demanda de consumo”, indicou o banco de investimento Nomura.
Em novembro, as importações da China provenientes dos EUA aumentou em 33%, percentagem mais que compensada pelo aumento nas exportações chinesas. O superávite comercial da China com os EUA subiu para 37,3 mil milhões de dólares (aproximadamente 30,8 mil milhões de euros).
Embora a China tenha comprado mais carne de porco e soja dos EUA, as suas importações ainda estão aquém do ritmo exigido no acordo comercial assinado em janeiro, segundo o qual o país deverá aumentar, até ao fim do ano, as suas importações em 200 mil milhões (à volta de 165 mil milhões de euros) em relação a 2017.
Chad Bown, que acompanha as compras da China no Peterson Institute for International Economics, disse que até outubro a China comprou menos de 60% do que prometeu sob as metas deste ano.
Coronavírus / Covid-19
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