O jornal “New York Times” dedicou o editorial deste sábado ao Brasil e faz duras críticas às últimas acções do governo de Dilma Rousseff.
Para o jornal nova iorquino, a presidente Dilma Rousseff criou uma “crise de confiança no seu próprio julgamento”.
O turbilhão político vivido no Brasil na última semana foi tema do editorial da edição deste sábado do prestigiado jornal The New York Times.
Num texto com o título “Crise política do Brasil aprofunda-se“, o diário faz duras críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e pinta-lhe um futuro sombrio.
Assinado pelo corpo editorial do jornal, o artigo destaca a “luta pela sobrevivência política” da presidente, ao mesmo tempo em que os apelos pelo impeachment da presidente se tornam mais altos em plena crise económica.
“Surpreendentemente, porém, Dilma achou que tinha capital político para gastar a semana passada, quando nomeou o seu antecessor e mentor político, Lula da Silva, para a Casa Civil”, escrevem os editorialistas do NYT.
Segundo o jornal, a explicação de Dilma para a escolha foi “insensível e ridícula”.
“Dilma Rousseff caracterizou a nomeação de Lula como uma oportunidade de trazer de volta ao governo um negociador talentoso para ajudar o Brasil a lutar contra uma série de crises.”
Para o New York Times, ao tomar esta opção, a presidente Dilma Rousseff acabou por criar uma nova crise, de “confiança na sua capacidade de julgamento“.
O jornal lembra que Lula afirma ser inocente.
O ex-presidente e Dilma, continua o artigo, querem retardar ao máximo o dia do julgamento de Lula “dando-lhe a protecção dos procuradores a que membros do governo têm direito”.
“Os brasileiros estão enojados dos seus líderes, com razão. O último artifício do governo levou os manifestantes às ruas pedir a renúncia de Dilma”, relata o editorial.
“Se as suas últimas manobras impulsionarem agora verdadeiramente o processo de impeachment, Dilma só poderá culpar-se a si própria.”
ZAP / DW
Parasitas