Exército vai punir três militares por mortes nos Comandos

(dr) Exército Português

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O Exército confirmou esta quarta-feira que proferiu os despachos de punição sobre os três militares envolvidos na instrução do 127.º Curso dos Comandos, no qual morreram dois militares.

Contactado pela agência Lusa, o porta-voz do Exército, tenente-coronel Vicente Pereira, confirmou que “foram proferidos os três despachos de punição sobre os três militares – dois oficiais e um sargento – sobre os quais estavam instaurados os processos disciplinares”.

Os militares têm agora os prazos que a lei estipula para apresentar recurso hierárquico ou reclamação – 10 dias e 15 dias, respetivamente -, motivo pelo qual o Exército não avança por agora os nomes dos militares ou as penas aplicadas uma vez que estas podem ser alteradas na sequência dessas mesmas reclamações ou recursos.

De acordo com o porta-voz, “os militares já foram notificados”.

A 16 de dezembro, o Exército tinha anunciado que foi deduzida acusação contra três militares envolvidos na instrução do 127.º Curso dos Comandos, no qual morreram dois militares.

“Relativamente aos processos disciplinares instaurados na sequência dos factos ocorridos durante o 127.º Curso de Comandos, informar-se que foi deduzida acusação nos três processos, por violação de deveres militares previstos no Regulamento de Disciplina Militar, estando a decorrer o prazo para os arguidos apresentarem a sua defesa”, referiu então o Exército, num comunicado enviado à Lusa.

De acordo com o Expresso, o sargento Ricardo Rodrigues foi sancionado com uma pena de “proibição de saída”, isto é, tal como previsto no artigo 33º do Regulamento de Disciplina Militar (RDM) , o militar fica obrigado a permanecer no Regimento de Comandos na Serra da Carregueira durante “alguns dias”.

Já o médico Miguel Domingues ficará sem dois terços do ordenado durante um mês, escreve ainda o semanário.

Além do processo de averiguações interno aberto pelo Exército, as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

ZAP // Lusa

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