Exército chinês retoma exercícios militares próximos de Taiwan. Governo da ilha promete resposta

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Ritchie B. Tongo / EPA

Caça Mirage 2000-5 da Força Aérea de Taiwan em exercícios em Hsinchu

Apesar do anúncio das autoridades chinesas de que as operações tinham findado no domingo, uma nova vaga de exercícios terá início hoje e deverá prolongar-se até ao início de setembro.

A China deverá dar continuidade aos exercícios militares marítimos e aéreos que iniciou na última semana, nas proximidades de Taiwan. O fim dos testes chegou a estar previsto para domingo, no entanto, as autoridades chinesas renovaram a sua intenção de continuar, de forma a avaliar o seu potencial de levar a cabo ataques aéreos a longa distância e ataques no solo — os quais devem ocorrer entre esta segunda-feira e o dia 8 de setembro.

Segundo a Reuters, que cita fonte oficial do exército chinês, os novos exercícios devem incluir uma simulação de operações de ataque por via marítima. Ontem, domingo, o ministério da Defesa de Tawian acusou o exército chinês de ter simulado operações de ataque à ilha, o que levou a uma escalada da tensão na região por receios de uma eventual intervenção militar da China, escreve o Observador.

As autoridades locais dizem que “vários grupos” de aviões, navios e drones chineses foram detetados durante a manhã no Estreito de Taiwan.

A resposta da ilha deverá acontecer esta semana, já que, segundo a Agência Central de Notícias oficial local, também Taiwan deverá fazer exercícios de artilharia de fogo real a sul de Pingtung na terça e quinta-feira. Segundo a Associated Press, estes testes devem incluir atiradores, veículos de combate, veículos blindados e helicópteros de ataque.

A Casa Branca já reagiu aos exercícios militares levados a cabo pela China, classificando as movimentações como “provocadoras e irresponsáveis“. “Essas atividades são uma escalada significativa nos esforços da China para mudar o status quo”, afirmou um porta-voz de Joe Biden. Já Nancy Pelosi voltou a defender a sua opção de visitar a ilha, dizendo tratar-se de “uma declaração inequívoca de que a América está do lado de Taiwan” e denunciando “a agressão acelerada do Partido Comunista Chinês” à ilha.

ZAP //

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