Uma unidade do exército chinês lançou uma campanha de pirataria informática para intercetar as comunicações dos satélites ocidentais e obter segredos da sua indústria espacial, revelou hoje uma sociedade americana de segurança informática.
A ofensiva aconteceu após os Estados Unidos terem acusado, em maio, cinco militares chineses de “pirataria informática” e “espionagem económica”, adiantou a empresa ‘Crowdstrike’.
Esta unidade do exército chinês, com base em Xangai, opera desde pelo menos 2007 e tem como estratégia o envio de mensagens de correio eletrónico a partir de um endereço aparentemente inofensivo – [email protected], por exemplo – com falsos convites, na esperança de que os utilizadores cliquem inadvertidamente em anexos que contêm programas que permitem aos “hackers” assumirem o controlo dos computadores infetados.
Uma mensagem com um anexo foi enviado para o Centro Espacial de Toulouse, em França, como mensagem de publicidade a um curso de yoga que promove um “método universal para se conhecer e conhecer o universo e os deuses, como recomenda Sócrates”.
De acordo com a empresa norte-americana, o objetivo da unidade militar chinesa é “obter os segredos económicos ou de tecnologias do setor da defesa”, assim como “detetar e intercetar comunicações via satélite”.
/Lusa