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Ex-presidente do Egito Mohammed Morsi morre em tribunal

Marco Castro / ONU

O ex-presidente do Egipto, Mohamed Morsi

Mohamed Morsi morreu depois de colapsar numa sessão no tribunal, noticia a imprensa internacional, citando a televisão estatal do Egito.

O ex-presidente do Egito, de 67 anos, desmaiou após uma sessão de um tribunal e morreu de seguida. Morsi enfrentava diversos processos e estava preso desde julho de 2013. Segundo a televisão estatal egípcia, Morsi morreu enquanto falava com o Presidente do Tribunal. Não são conhecidas as causas da morte.

De acordo com o seu filho, Ahmed Morsi, o antigo Presidente estaria a enfrentar vários problemas de saúde que foram “ignorados” pelas autoridades egípcias. “Surgiram muitos relatos recentemente sobre a deterioração grave do estado de saúde do meu pai”, declarou Ahmed à agência turca Anadolu na semana passada.

Morsi foi eleito Presidente do Egito nas primeiras eleições presidenciais democráticas depois da Primavera Árabe. Próximo da Irmandade Muçulmana, que tinha sido reprimida nos tempos de Mubarak, Morsi começou a levar a cabo um projeto de islamização do país que não foi bem recebido pelas Forças Armadas.

Num golpe de Estado, os militares tomaram de novo o poder, prendendo Morsi, que desde então tem estado detido.

Morsi foi condenado à morte em 2015, mas a sentença foi revogada por um tribunal superior em 2016. Em 22 outubro de 2016, o tribunal confirmou a pena de 20 anos de prisão contra Morsi pelo uso de violência e pela morte de manifestantes durante os distúrbios de dezembro de 2012 frente ao palácio presidencial de Itihadiya, na capital egípcia, durante os primeiros grandes protestos populares contra o político islamita.

A Irmandade Muçulmana é alvo de uma intensa ação policial e judiciária desde que o ex-Presidente foi deposto num golpe militar liderado pelo atual presidente, Abdel Fatah al Sisi, em julho de 2013, um ano depois de o islamita chegar ao poder.

Desde 25 de junho de 2017, Egito, Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos cortaram a relação diplomática com o Qatar, país que acusam de apoiar o “terrorismo”.

ZAP //

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