Tribunal confirma prisão perpétua para ex-presidente do Egipto Mohamed Morsi

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O ex-presidente do Egipto, Mohamed Morsi

A justiça egípcia confirmou, este sábado, de forma definitiva a pena de prisão perpétua para o ex-presidente do Egito Mohamed Morsi pelo envolvimento num caso de espionagem com o Qatar, informou uma fonte judicial.

O Tribunal de recurso confirmou a pena de prisão perpétua, que no Egito equivale a 25 anos, para Mohamed Morsi, o deposto mandatário islamita dos Irmãos Muçulmanos acusado de ter entregado documentos relacionados com a segurança do Estado às autoridades do Qatar.

No âmbito do mesmo processo também foram ratificadas as penas de morte para três membros dos Irmãos Muçulmanos e penas de prisão perpétua e trabalhos forçados para outros dois membros da organização.

Segundo a agência estatal de notícias egípcia “Mena”, o juiz Hamdi Abu al Kheir presidiu a sessão do Tribunal, que anulou uma segunda sentença de 15 anos de trabalhos forçados contra Morsi e ratificou apenas a condenação à prisão perpétua.

Em 22 outubro de 2016, o tribunal confirmou a pena de 20 anos de prisão contra Morsi pelo uso de violência e pela morte de manifestantes durante os distúrbios de dezembro de 2012 frente ao palácio presidencial de Itihadiya, na capital egípcia, durante os primeiros grandes protestos populares contra o político islamita.

A Irmandade Muçulmana é alvo de uma intensa ação policial e judiciária desde que o ex-Presidente foi deposto num golpe militar liderado pelo atual presidente, Abdel Fatah al Sisi, em julho de 2013, um ano depois de o islamita chegar ao poder.

Desde 25 de junho, Egito, Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos cortaram a relação diplomática com o Qatar, país que acusam de apoiar o “terrorismo”.

ZAP // Lusa / EFE

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