Das 18 empresas cotadas do principal índice bolsista português (PSI 20), metade conta com antigos governantes em administrações, cargos executivos ou não executivos, adianta o Dinheiro Vivo este sábado.
De acordo com o jornal de economia, são dezasseis os antigos governantes a integrar estas empresas, sendo que a remuneração média é de 88,7 mil euros para participar e preparar reuniões das empresas.
A maioria dos ex-governantes assume funções não executivas, havendo outros que ocupam cargos em mais do que uma empresa – é no grupo EDP e na Mota-Engil que se encontram mais ex-políticos. O levantamento feito pelo DV não contou com o ex-secretário de Estado do Ambiente Adolfo Mesquita Nunes, que vai assumir um cargo na Galp.
No que respeita a funções executivas, estão três antigos governantes nas 18 cotadas do PSI 20: António Mexia (EDP), Luís Palha da Silva (Pharol) e Carlos Costa Pina (Galp).
Mexia, CEO da EDP, foi ministro das Obras Públicas e Transportes no governo de Santana Lopes. Antes disso, foi presidente executivo da Galp. Em 2018, ganhou 2,2 milhões de euros brutos. Luís Palha da Silva foi secretário de Estado do Comércio no início da década de 1990. Em 2018 teve um vencimento de 343 mil euros. Por sua vez, Carlos Costa Pina, antigo secretário de Estado do Tesouro e das Finanças do governo de José Sócrates, é administrador executivo da Galp, sendo que auferiu 705 mil euros em 2018.
Quanto aos administradores não executivos – aqueles que têm de trabalhar a tempo inteiro e em exclusividade nessas empresas – o trabalho passa por estarem presentes em algumas reuniões, explica o jornal.
No caso da EDP, por exemplo, o Conselho Geral e de Supervisão, onde está o antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, teve 11 reuniões em 2018. Os ex-governantes com assento nesse órgão ganharam entre 64 mil euros e 405 mil euros.
Ex-Governante | Cargo | Empresa |
António Mexia | Diretor Executivo | EDP |
Luís Amado | Membro do Conselho Geral e de Supervisão | EDP |
Eduardo Catroga | Presidente da Comissão de Estratégia e Performance | EDP |
Celeste Cardona | Membro do Conselho Geral e de Supervisão | EDP |
Braga de Macedo | Membro do Conselho Geral e de Supervisão | EDP |
Vasco Rocha Vieira | Membro do Conselho Geral e de Supervisão | EDP |
Augusto Mateus | Membro do Conselho Geral e de Supervisão | EDP |
António Nogueira Leite | Administrador Não Executivo | EDP Renováveis |
Francisco Seixas da Costa | - | EDP Renováveis, Jerónimo Martins e Mota-Engil |
Carlos Costa Pina | Administrador Executivo | Galp |
Jorge Coelho | Membro do Conselho Consultivo do grupo | Mota-Engil |
Lobo Xavier | Na construtora é administrador, mas na operadora é o presidente da Comissão de Governo Societário e do Comité de Ética | Mota-Engil e NOS |
Luís Valente Oliveira | Administrador Não Executivo | Mota-Engil |
José Luís Arnaut | Administrador Não Executivo da REN e Presidente da Comissão de Governo Societário | REN |
Luís Palha da Silva | CEO | Pharol |
José Elias da Costa | Administrador Não Executivo, é o presidente da comissão de nomeações e remunerações do banco | BCP |
Carago… são tantos os tachos que o ZAP até resolveu publicá-los três vezes de seguida!
Uma vergonha !
Um esgoto !
A corrupção no seu esplendor.
Governantes preparam a legislação e os subsídios, para depois entrarem nas empresas que “ajudaram”.
Diz o Jerónimo que basta a ética destes governantes para isto nunca acontecer.
Como se vê o Jerónimo só deve saber mesmo de canalizações…
O Jerónimo tem o genro a trabalhar arduamente na câmara de Loures. E que bem que parece que ele trabalha…
Comentário: Ex-governantes são enviados para esses cargos para receberem quantias que nunca receberiam em parte alguma. Por outro lado, essas empresas que, naturalmente, trouxeram benefícios aos acionistas, não trouxeram quaisquer vantagens para o Povo que paga os valores dos serviços fornecidos por essas empresas, em muitos casos mal geridas, por valores superiores aos praticados na UE. AAlves
Se calhar melhor é os xuxas que só mamam do Estado com suas famiGlias por serem uns incompetentes e ninguém do privado os quer. Quem produz riqueza, é o Estado ou os privados?
E depois certos políticos ainda têm a desfaçatez de achar que os funcionários do Estado, que trabalham duro e em regime de exclusividade, não podem auferir uma remuneração superior – mas atenção, só no final das suas difíceis carreiras! – à dos políticos de topo. Estes, talvez ao cabo de uns poucos anos recheados de besesses e mordomias, saem dos seus cargos políticos, talvez para entidades especiais, onde vão talvez, coitados, ganhar milhares ou milhões. Haja vergonha!
O melhor de Portugal está aqui! Tachos e mais tachos pagos a peso de ouro. Se eles não prestavam como governantes, prestam como administradores? Alguma vez seremos uma país a sério? Não, enquanto tivermos esta tralha de políticos. E o povo sereno, come e cala.
Temos agora 3 vezes a possibilidade de tentar corrigir isto, nas próximas eleições mostrar aos políticos que o povo não esta contente. o pior é que falamos e ninguém faz nada. algum governante se vai reformar aos 69 anos? se não fosse isto até nos podíamos reformar todos aos 60 que a segurança social tinha fundo de maneio.
andam estes dinossauros a comer á mais de 50 anos o nosso dinheiro, nunca se vê pessoas diferentes estou farto quero novos politicos e estes compadrios fora, sempre os mesmos.