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Ex-gestor do BPN condenado a sete anos de prisão por burla em venda de quadros

O Tribunal São João Novo, no Porto, condenou um ex-diretor-geral do Private Banking do Banco Português de Negócios a sete anos de prisão por burla num negócio de venda de quadros de Joan Miró, adiantou esta quarta-feira a Procuradoria Regional.

Este arguido foi condenado a uma pena de prisão de sete anos e dez meses pela prática de um crime de burla qualificada e outro de branqueamento, segundo informação da Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGR-P) na sua página de Internet, noticiou na quarta-feira a agência Lusa.

O processo envolvia um segundo arguido, condenado a quatro anos de prisão, suspensa na sua execução, por ter ajudado o ex-gestor a esconder o dinheiro referente à transacção.

Segundo a procuradoria, ficou provado em julgamento que o ex-diretor-executivo negociou em 2004 com dois empresários a revogação de um contrato de mediação que o BPN tinha celebrado com eles com vista à venda de 41 quadros de Joan Miró. A indemnização global para os dois empresários seria de 1,25 milhões de euros, sublinhou.

Mas o ex-gestor sustenta a síntese do acórdão, apesar de saber que o valor acordado era de 1,25 milhões de euros determinou a emissão de dois cheques com o valor total de 2,5 milhões de euros. E, desta forma, dividiu os 2,5 milhões de euros pelos dois empresários, depositando nas respetivas contas um cheque de 1,25 milhões de euros.

“E deu ainda como provado que um daqueles cheques veio a ter como destino, na verdade, a conta do empresário à ordem do qual foi emitido e que desta vieram a sair valores para o segundo empresário”, sublinhou a acusação.

Contudo, o outro cheque acabou na conta do ex-gestor através da conta de um dos empresários, agora condenado.

// Lusa

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