André Kosters / Lusa

Alexandre Fonseca, CEO da Altice Portugal
Em causa suspeitas de corrupção e falsificação de documento da Operação Picoas, que terão defraudado o Estado em mais de 100 milhões de euros.
O antigo presidente do Conselho de Administração da Altice Portugal Alexandre Fonseca foi constituído arguido esta sexta-feira no âmbito da Operação Picoas, confirmou a defesa do gestor.
A informação de que Alexandre Fonseca foi esta manhã interrogado pelo Ministério Público no Departamento Central de Ação e Investigação Penal (DCIAP), em Lisboa, foi avançada pela SIC Notícias e confirmada pelo advogado do antigo administrador da Altice Portugal.
“Foi constituído arguido, prestou declarações numa diligência, agora suspensa para continuar em data a designar”, disse à Lusa Rogério Alves, remetendo para essa altura mais declarações sobre o caso.
Em causa no processo Picoas estão suspeitas de corrupção e falsificação de documento, relacionadas com decisões do grupo Altice que terão defraudado o Estado em mais de 100 milhões de euros, indicou anteriormente o Ministério Público.
Alexandre Fonseca deixou a Altice em definitivo em janeiro do ano passado. Queria “proteger os interesses” do grupo, já que era suspeito de corrupção.
Dois suspeitos relacionados com o caso Altice são Armando Pereira, um dos donos do grupo, e o empresário e braço-direito Hernâni Vaz Antunes. Também estão na lista a filha de Hernâni (Jéssica Vaz Antunes) e o economista Álvaro Loureiro.
O Ministério Público suspeita que Armando Pereira e Hernâni Antunes estavam a aproveitar-se de negócios da Altice para ficar com percentagens milionárias – e esconder esses milhões do Fisco.
ZAP // Lusa