O Novo Banco escolheu a empresa espanhola Alantra, que é gerida em Portugal pela ex-assessora de Ricardo Salgado, Rita Barosa, que também surge envolvida no “saco azul” do GES, para proceder à venda da sua carteira de imóveis que está avaliada em cerca de 700 milhões de euros.
O jornal Público dá conta deste dado, realçando que a escolha criou “ruído” no seio do Novo Banco. De tal forma, que o nome de Rita Barosa acabou por “desaparecer” da documentação relativa à Alantra.
O Novo Banco escolheu a Alantra para a venda da sua carteira de imóveis através da Hudson Advisor, um veículo do fundo Lone Star, que adquiriu o banco, no seguimento da queda do BES.
Na primeira proposta enviada pela Alantra à Hudson Advisors, aparecia o nome de Rita Barosa, frisa o Público. Contudo, depois do desconforto verificado, o nome da ex-assessora de Salgado acabou por desaparecer dos documentos, refere o jornal.
“Ficámos espantados quando as alusões a Barosa desapareceram subitamente da documentação da Alantra que passou a ser enviada de Espanha”, refere uma fonte não identificada ao diário, concluindo que “alguém deu a volta ao texto e apagaram o nome”.
Rita Barosa, por seu lado, assegura que o seu nome “nunca constou de qualquer proposta da Alantra”.
A ex-assessora de Salgado deixou o antigo BES em Agosto de 2014, no seguimento do veto do Banco de Portugal à inclusão do seu nome numa lista da família Espírito Santo para a Comissão Executiva.
Rita Barosa nunca foi acusada no âmbito das investigações ao Grupo Espírito Santo (GES), mas o seu nome aparece entre os pagamentos efectuados através do “saco azul” daquela entidade.
Antes de se tornar assessora de Salgado, Rita Barosa foi o braço-direito do ex-líder do Departamento Financeiro, de Mercados e Estudos do BES, Amílcar Morais Pires, e foi também secretária de Estado da Administração Local e da Reforma Administrativa no Governo de Passos Coelho.
eles andem ai …
Podemos estar á vontade, está tudo ok. A respeitável doutora foi companheira de viagem do Salgado e do Coelho; com tão excelsos mentores não há motivo para preocupações. Os 700 milhões estão bem entregues.
Claro que podemos estar à vontade, tudo gente honesta. Já agora sobre o companheirismo nas viagens, o nosso presidente tb já foi companheiro de viagens do Salgado.