Dos seis Kamov que o Estado tem e que deveriam estar em condições de operar, três continuam parados. Um deles ainda tem autorização para continuar a manutenção, mas os outros dois estão atrasados no regresso.
Ao serviço da Autoridade Nacional de Preteção Civil (ANPC) ou do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) deveriam estar dois helicópteros Kamov, pertencentes ao Estado.
No entanto, há duas aeronaves que continuam no estaleiro em Ponte de Sor. Dos seis Kamov do Estado, três continuam parados. Um dos Kamov ainda tem autorização para ficar em manutenção até ao final de Março, mas os outros dois estão atrasados no regresso.
Segundo o Público, um continua sem estar apto para voar, porque a empresa não substituiu a peça em fim de vida, o outro ainda não terminou a manutenção dos dez anos, que já deveria estar concluída.
Segundo a ANPC, esta aeronave deveria estar ao serviço desde o dia 14 de fevereiro. E, embora a empresa tenha pedido um novo prazo (até ao dia 26), tudo continua na mesma situação de impasse.
Segundo o jornal, a Everjets afirmava faltar a inspeção do fabricante e, posteriormente, a autorização da ANAC. Na altura, Ricardo Dias, presidente da empresa privada, argumenta que o processo é “complexo” e que é feito em Portugal pela primeira vez.
Já a ANAC, garantiu ao Público que ainda nada lhe foi pedido, o que faz prever que o processo se atrase mais algumas semanas.
A ANAC e a Everjets estão nu braço-de-ferro. A primeira exigiu o pagamento de penalidades à empresa pela indisponibilidade de uma das aeronaves e aceitou a substituição de outra por dois helicópteros ligeiros. O Público questionou a ANAC sobre se este acordo pode ser encarado como uma facilitação à empresa, mas não obteve resposta.