Hannibal Hanschke / EPA
Os Estados Unidos confirmam este sábado que Israel aceitou uma plataforma de acordo para o cessar-fogo na faixa de Gaza e a libertação de reféns. Agora cabe ao Hamas aceitar.
Israel aceitou uma base de entendimento para uma proposta de cessar-fogo e acordo de libertação de reféns em Gaza, e cabe agora ao Hamas concordar com essa base, disse este sábado um alto funcionário da administração dos EUA citado pela Associated Press.
Nas últimas semanas, mediadores internacionais têm estado a intermediar um acordo para suspender os combates antes do início do mês sagrado muçulmano do Ramadão, por volta de 10 de março.
Um acordo permitiria provavelmente que fosse possível fazer chegar apoio humanitário a centenas de milhares de palestinos desesperados no norte de Gaza, que os oficiais de ajuda temem estar sob ameaça de fome.
Segundo a AP, os israelitas “aceitaram mais ou menos” a proposta, que inclui um cessar-fogo durante seis semanas e a libertação pelo Hamas de reféns considerados vulneráveis, incluindo os doentes, os feridos, os idosos e mulheres, disse o oficial.
“Neste momento, a bola está no campo do Hamas e estamos a continuar a pressionar o mais forte que podemos”, disse o funcionário norte-americano, que falou à AP sob condição de anonimato ao abrigo das regras estabelecidas pela Casa Branca para informar os repórteres.
A agência noticiosa não obteve até agora resposta de responsáveis de Israel e do Hamas a um pedido de comentários sobre a notícia.
Segundo um alto funcionário egípcio, o Egito e o Catar, que estão a intermediar as negociações, esperam receber uma resposta do Hamas durante conversações que decorrem este domingo no Cairo.
O funcionário, que falou sob condição de anonimato porque não estava autorizado publicamente a discutir as conversas.
Este sábado, aviões militares norte-americanos ‘C-130’ lançaram de paraquedas cerca de 38.000 refeições sobre Gaza, na que é a primeira leva de ajuda humanitária de emergência autorizada pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Aviões militares da Jordânia e do Egito realizaram lançamentos aéreos semelhantes.
As autoridades humanitárias consideram no entanto que os lançamentos aéreos não são um meio eficiente de distribuição de ajuda e são apenas uma medida de último recurso, sendo preferível a abertura de um corredor para entrega de ajuda humanitária.
A ajuda alimentar chega a Gaza dois dias após mais de 100 palestinianos terem sido mortos pelo exército israelita enquanto abordavam camiões com ajuda humanitária.
