EUA. Ataques militares caíram 54% no primeiro ano de Biden

A decisão de Joe Biden de pôr fim à guerra dos Estados Unidos no Afeganistão terminou em desastre: um ataque com drone dos EUA a um veículo em Cabul provocou 10 vítimas mortais. Mas um novo relatório conclui que tais ataques aéreos, no seu conjunto, caíram dramaticamente no primeiro ano de Biden.

“A maior vitória é o facto de Biden ter diminuído significativamente a ação militar dos EUA em todo o mundo”, o que, por sua vez, resultou em “números muito mais baixos de civis alegadamente mortos pelos ataques dos EUA“, disse o grupo de monitorização Airwars, no relatório divulgado esta quarta-feira.

Os militares norte-americanos realizaram, no total, 439 ataques aéreos em 2021, uma queda de 54% em relação ao ano anterior, sob o comando do ex-presidente norte-americano Donald Trump, revela ainda o documento.

A maior queda ocorreu no Iémen, onde não houve ataques oficialmente declarados em 2021, em comparação com 18 em 2020, escreve o Business Insider. Na Somália,  onde os EUA combateram durante anos uma insurreição ligada à Al-Qaeda, os ataques aéreos também caíram 88% e no Iraque e na Síria verificou-se uma diminuição de 71%, o que reflete a derrota militar do Estado islâmico.

A grande maioria dos ataques militares sob o regime de Biden ocorreu no Afeganistão, antes de as forças norte-americanas terem deixado aquele território, em agosto. Excluindo esses ataques, os EUA declararam apenas 67 ataques aéreos, disse a Airwars, citando dados militares oficiais dos Estados Unidos.

Estes dados dizem, no entanto, respeito a ataques oficiais e não incluem, por exemplo, os ataques clandestinos da CIA.

ZAP //

 

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