EUA abandonam UNESCO devido à “agenda woke” da organização da ONU

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EPA/Samuel Corum / POOL

Trump é crítico de políticas de diversidade e de uma alegada abordagem pró-Palestina, anti-Israel e pró-China da organização da ONU.

Os Estados Unidos irão abandonar novamente a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), avança fonte da Casa Branca esta terça-feira ao jornal The New Tork Post. A decisão já terá sido tomada pelo presidente Donald Trump.

“O presidente Trump decidiu retirar os Estados Unidos da UNESCO — que apoia causas culturais e sociais divisivas e ‘woke‘, que estão totalmente em desacordo com as políticas de bom senso que os americanos votaram em novembro”, disse a porta-voz adjunta da Casa Branca, Anna Kelly.

Segundo fontes da Casa Branca, os responsáveis pela análise identificaram preocupações com as políticas de diversidade, equidade e inclusão da UNESCO, bem como um alegado favorecimento à causa palestiniana e uma crescente influência chinesa.

A decisão surge após uma revisão de 90 dias ordenada por Trump em fevereiro, que analisou possíveis expressões de antissemitismo e sentimentos anti-Israel no seio da organização.

“Este presidente colocará sempre os Estados Unidos em primeiro lugar e assegurará que a participação do nosso país em todas as organizações internacionais está alinhada com os nossos interesses nacionais”, adianta a mesma fonte.

Entre os pontos criticados pela administração Trump estão a publicação de um “kit anti-racismo” em 2023, que incentivava os Estados-membros a adotar políticas de justiça social, e a iniciativa “Transforming MEN’talities”, lançada em 2024, que procurava desafiar normas de género através de campanhas educativas, incluindo o uso de videojogos como ferramenta contra a discriminação.

Além disso, a Casa Branca acusou a UNESCO de tomar medidas hostis contra Israel, como a designação de locais sagrados judaicos como património palestiniano e a utilização sistemática de linguagem que classifica os territórios como “ocupados por Israel”.

Outro foco de preocupação para a administração Trump será o peso crescente da China na estrutura da UNESCO, sendo a superpotência asiática, atualmente, o segundo maior financiador da entidade.

“A China alavancou a sua influência sobre a UNESCO para promover padrões globais favoráveis aos interesses de Pequim”, disse a Casa Branca.

Trump já havia ordenado a saída dos EUA da UNESCO em 2017, citando na altura o viés anti-Israel. A primeira retirada ocorreu em 1983, sob Ronald Reagan. Em 2023, o presidente Joe Biden reintegrou os EUA na organização, argumentando que a presença americana era crucial para conter a influência chinesa.

ZAP //

3 Comments

  1. Rerem na expressão deste gajo. É a personificaçao da estupidez. Não admira que continue a tomar este tipo de decisões.

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