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Estudo secreto do Facebook sobre emoções dos utilizadores gera polémica

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O Facebook está a ser alvo de críticas depois de ter revelado ter feito um estudo secreto para testar as emoções de quase 700 mil utilizadores.

Durante uma semana em 2012, a maior rede social do mundo manipulou o feed de notícias de um grupo de utilizadores para avaliar se o conteúdo das mensagens recebidas afectaria o seu humor e o teor das suas próprias atualizações.

O estudo, feito em parceira com as universidade americanas de Cornell e da Califórnia, concluiu que os utilizadores que receberam menos posts negativos no seu feed tinham menos hipóteses de escrever um post negativo e vice-versa.

Na divulgação da pesquisa, durante a 17ª edição dos Anais da Academia Nacional de Ciência, nos Estados Unidos, o co-autor Amdam Kramer, do Facebook, disse que a rede “considerava importante avaliar uma antiga premissa de que ver posts positivos dos amigos levam as pessoas sentir-se negativas ou excluídas”.

“Ao mesmo tempo, também estávamos preocupados com a hipótese de que a exposição à negatividade dos amigos pode levar as pessoas a evitar entrar no Facebook”, justificou.

O estudo gerou críticas de utilizadores e intelectuais do setor de tecnologia sobre a ética e o impacto que este tipo de pesquisa pode causar.

Na sua conta no Twitter, a investigadora de política e ética de dados Kate Crawford afirmou:

“Vamos chamar a experiência do Facebook aquilo que ela é: o sintoma de uma falha muito maior em pensar sobre ética, poder e consentimento sobre plataformas (digitais)”.

Também pelo Twitter, Lauren Weinstein, que investiga tecnologia de sistemas, disse que o estudo secreto do Facebook “tentou fazer os utilizadores sentirem-se tristes”.

“O que pode correr mal?” Indagou.

Investigação

Por sua vez, Jim Sherida, parlamentar do Partido Trabalhista da Grã-Bretanha, pediu uma investigação sobre o assunto.

Em entrevista ao jornal The Guardian, Sherida defendeu uma legislação para proteger as pessoas contra este tipo de prática.

“Está-se a manipular material da vida pessoal dos utilizadores e eu estou preocupado com a capacidade do Facebook e de outros de controlarem os pensamentos das pessoas em política e em outras áreas”, criticou Sherida, que é membro do comité seleto de média da Câmara dos Comuns.

No entanto, para Katherine Sledge Moore, professora de psicologia de Elmhurst College, em Illinois, a realização deste tipo de estudo “não é uma surpresa”.

“Considerando o que o Facebook faz com o feed de notícias dos utilizadores normalmente, e o que tivemos de concordar ao tornar-nos utilizadores, esse estudo não é de espantar“.

Durante a apresentação do estudo, Adam Kramer admitiu que o Facebook não expressou claramente as suas intenções ao fazer a pesquisa.

“Eu posso compreender a preocupação de algumas pessoas e eu e os outros co-autores lamentamos a forma como a experiência foi descrita e qualquer ansiedade causada”.

ZAP / BBC

1 Comment

  1. O facebook deveria de deixar de existir por varias razoes,e uma rede social que trás infelicidade as familias ,traições,desgostos Amorosos, e um exemplo muito negativo não deveriam permitir bloquear as pessoas..posso dizer que eu e minha actual companheira temos chateados por causa do facebook e a minha família esta a beira da destruição por causa da rede social do facebook,acredito perfeitamente nas emoções das pessoas que fiquem bastante efectadas por causa do facebook…acredito ainda hoje que se conseguirem mandar abaixo o facebook as pessoas eram mais felizes emocionalmente… E tem o voto para o mandar baixo definitivamente.. Se houver algum site que seja desse tipo por favor diga me…um muito obrigado e espero q compreendem que também os nossos filhos estão sempre a beira dos pedófilos…..

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