Diogo Pacheco de Amorim, Gabriel Mithá Ribeiro e João Cotrim de Figueiredo foram “chumbados” esta quinta-feira. O Parlamento terá assim dois vices, Edite Estrela e Adão Silva, ficando nas mãos do bloco central.
Depois da eleição do presidente Augusto Santos Silva, na terça-feira, foi a vez de definir os restantes quatro elementos da mesa.
Edite Estrela (PS) e Adão Silva (PSD) foram eleitos, com 159 e 190 votos a favor, respetivamente. Quando chegou o momento de definir os vice-presidentes que vão representar os outros dois partidos mais votados, Chega e Iniciativa Liberal, o desfecho foi diferente.
O Chega apresentou Diogo Pacheco de Amorim, que conseguiu 35 votos a favor, quando são precisos no mínimo 116. O partido não desistiu e apresentou o novo candidato, Gabriel Mithá Ribeiro, que conseguiu um resultado quase igual: 37 votos favoráveis.
João Cotrim Figueiredo, da Iniciativa Liberal, ficou perto da aprovação mas não chegou lá: 108 votos a favor. O partido não propôs, nem vai propor, outro deputado.
“Vamos ter a Assembleia da República com uma mesa composta pelos partidos de sempre, que não parecem querer ver que o mundo à sua volta e o panorama político estão a mudar”, reagiu o líder da IL, citado pelo Expresso.
Apesar de reconhecer o “relevo institucional”, Cotrim admite que a função não tem “importância política” para o projeto do partido. “O chumbo dá-nos mais força.”
Já André Ventura confirmou que o Chega irá avançar para o Tribunal Constitucional (TC). “Foi um dia bastante negro, bastante infeliz para a democracia”, disse, denunciando o clima de “hostilidades claras” e “turbulência” contra o terceiro partido mais votado, o que “não é aceitável em democracia”.
Em reação à eleição falhada, Gabriel Mithá Ribeiro considerou que não foi eleito vice-presidente da AR por uma “questão racial“.
“Fui rejeitado num país e num regime que anda há décadas a dizer que combate o racismo”, disse, numa conferência de imprensa nos Passos Perdidos. “Isto tem de ter uma interpretação racial.”
Mithá Ribeiro é conhecido por publicações académicas em que defende que não existe racismo em Portugal, posição que também assume publicamente. Face às declarações que fez, o deputado foi questionado várias vezes pelos jornalistas sobre se então assume que existe racismo em Portugal e se o chumbo para a vice-presidência está relacionado com isso.
O deputado não respondeu diretamente a nenhuma das questões. “Eu digo que o racismo é um fenómeno histórico que entretanto foi ultrapassado, mas aqueles que andam a encher o discurso de que o racismo existe na hora da verdade fazem isto”, afirmou.
O deputado, que nasceu em Moçambique, disse também que há uma diferença de tratamento entre as pessoas que pertencem a uma minoria mas têm orientações políticas diferentes.
“Se uma pessoa é negra e é de esquerda é tratada com dignidade – ou pelo menos com alguma dignidade. Se uma pessoa é negra e é politicamente neutra, tende a ser apagada das instituições. Se uma pessoa é negra e é de direita, é tratada, desculpem a força da expressão, como se tratam os pretos”, resumiu.
Liliana Malainho, ZAP // Lusa
Quando a democracia funciona…. seja quais forem os resultados…. temos de aceitar, por muito que nos custe.
Os portugueses votaram e decidiram desta forma, outras vezes já decidiram ao contrário… a maturidade política é um percurso longo, e mais dificil para os radicais…
Não foram os portugueses mas sim os deputados.
Mithá Ribeiro: “Já não existe racismo em Portugal”
Mithá Ribeiro depois de lhe recusarem um cargo : “RACISTAS!”
É isto a democracia portuguesa, uma ditadura a dois PS e PSD o resto é conversa. Foram demasiados anos nas mãos desta gente que se governaram juntamente com os familiares e amigos e que dificilmente largaram o poleiro, valendo tudo para descredibilizar qualquer outros partido que tente pisar-lhes os calos.
Falta o CDS, que mesmo com uma votação irrisória, já chegou a ter um vice primeiro -ministro com o “irrevogável”.
Fica o que queria regressar ao ensino… a sua paixão, como dizia há 3 ou 4 meses atrás.
Simplesmente, Vergonhoso! Aqueles que mais falam em democracia, são os menos democráticos. Essa democracia só existe entre a esquerda, não permite troca de ideias (não sabe dialogar), não tem o mínimo Respeito pelo resultado das urnas, logo, é uma ditadura, uma Assembleia da República Autoritária.
Criticam Putin, apoiam Maduro e todos os regimes ditatoriais da América do Sul, entre outros, mas… dizem-se “democráticos”.
Claro… era obrigá-los o votar de acordo com a tua opinião… isso é que é democrático!…
Se não votarem de acordo com a tua opinião, obviamente que é ditadura!
Foi pena o Cotrim não ter sido eleito mas ele desvalorizou logo o assunto e, também quem é que quer ter cargo igual ao da Edite Estrela?…
E já agora o que fazem os outros dois ao lado do capelão central?
Vice presidentes da mesa são decorativos, talvez por isso o chega tenha ficado magoado, enquanto a il cagou e andou.
Democracia a sério seria ter eleições executivas separadas das legislativas.
Com a lista completa dos ministros e secretários de estado proposta para escritínio durante a campanha.
Infelizmente neste país só dá PS ou PSD, os chamados maçons.
Cabe a nós mudar alguma coisa através das eleições, tal como sucedeu com o Chega ao ser a terceira força politica.
Para aqueles que criticam esta partido, está lá por força de um grande número de portugueses que fartos de verem as patifarias de determinados políticos a safarem à justiça por terem lá “amigos” ou boys, que diante dos olhos de todos os portugueses, dizem que vitimas de perseguição politica.