Cientistas apontam as estratégias que homens e mulheres usam para se tornarem mais atraentes

A pesquisa concluiu que as mulheres apostam mais em melhorar a sua aparência física quando estão há procura de um parceiro enquanto que os homens focam-se em parecer capazes de adquirir recursos.

Uma série de dois estudos publicados na Evolutionary Psychology debruçou-se sobre as estratégias que os sexos usam para atraírem parceiros.

Os investigadores separaram as estratégias em dois grupos — um destinado a desenvolver ou demonstrar características mais atraentes e outro que pretende esconder as menos atraentes, escreve o PsyPost.

Os traços mais atraentes, de acordo com os autores, incluem o bom caráter, a capacidade de se fornecer recursos, a capacidade reprodutiva, e as coisas que se tem em comum com o potencial parceiro.

As especificidades destes requerimentos variam entre os sexos, com alguns a ser mais atraentes para as mulheres e outros para os homens. Por exemplo, durante a gravidez, as mulheres têm uma menor capacidade de obter recursos, pelo que ter um parceiro confiável neste aspecto é importante.

Por causa disto, os homens apostam mais em estratégias que envolvem a demonstração de que têm esta capacidade. Por outro lado, os homens valorizam mais a aparência das parceiras, já que esta pode sinalizar a sua capacidade reprodutiva e qualidade genética.

O primeiro estudo procurou identificar os atos em que os homens e as mulheres participam com o objetivo de se tornarem mais atraentes. 326 participantes falantes de grego foram recrutados numa universidade privada no Chipre.

Na primeira parte da pesquisa, os inquiridos escreveram coisas que já fizeram no passado ou possam fazer no futuro para se tornarem mais atraentes para potenciais parceiros, enquanto que na segunda, escreveram coisas que os seus amigos e conhecidos já fizeram.

Os participantes responderam depois a questões demográficas (sexo, idade, estado civil, orientação sexual) e as respostas foram categorizadas em 87 atos diferentes.

O segundo estudo incluiu 2197 participantes, que foram recrutados usando o mesmo modelo, e procurou estimar quais destes atos eram mais usados, identificar as diferenças entre os sexos e a relevância das diferentes características demográficas.

Os inquiridos foram depois expostos a um cenário onde estão solteiros e em busca de uma relação, tendo de responder numa escala de cinco pontos sobre a probabilidade de participarem um nos 87 atos identificados no primeiro estudo. Os participantes responderam depois a um questionário demográfico.

Os autores concluíram assim que as mulheres apostam mais em estratégias focadas na aparência física e os homens preferem realçar a sua capacidade de adquirir recursos. A idade também influencia os resultados, com os indivíduos mais jovens a focarem-se mais em melhorarem a sua aparência.

Cerca de 80% dos participantes indicaram que vão também procurar parecer ser mais gentis e focados no auto-aperfeiçoamento.

Os autores apontam ainda algumas limitações no estudo, já que este se baseou num auto-relato que pode ser enviesado e em cenários hipotéticos, sem haver forma de se comprovar se as respostas se comprovariam na realidade, e também apenas teve em conta o contexto cultural grego.

ZAP //

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