/

Estátua do Papa João Paulo II a retratar a sua luta contra o comunismo está a gerar discórdia

Uma nova estátua do Papa João Paulo II, está a gerar discórdia na Polónia. A escultura está relacionada com os esforços do pontífice na década de 80, altura em que ajudou o país a libertar-se do comunismo.

Segundo o The Independent, a estátua que homenageia o papa João Paulo II, mostra o papa a lançar uma pedra gigante numa lago com água vermelha que o rodeia. A obra de arte está a provocar um debate aceso na Polónia, país natal do Papa.

A escultura do artista polaco Jerzy Kalina, intitula-se “Poisoned Well”, e foi inaugurada quinta-feira em frente ao Museu Nacional de Varsóvia, com o objetivo de assinalar os 100 anos do nascimento do Papa – um dos mais queridos entre a comunidade católica.

De acordo com Kalina, a obra colocada na fonte do museu está relacionada com os esforços de João Paulo II para ajudar a libertar a Polónia do comunismo, por isso a água é simbolizada com a cor vermelha.

Alguns críticos associam a obra de arte a sangue e violência. A escultura também foi ridicularizada nas redes sociais, com alguns comentaristas comparando a imagem do papa, com uma personagem de desenhos animados.

O museu disse que a instalação da obra foi uma resposta de Kalina a “La Nona Ora” – a escultura do artista italiano Maurizio Cattelan que representava o papa como um “velho fraco”. Na altura, o trabalho de Cattelan, que foi exibido na Varsóvia em 2000, foi visto como desrespeitoso o que provocou uma grande discórdia.

Kalina disse na cerimónia de inauguração da estátua que ficou chateado consigo mesmo, por não ter respondido à “provocação de Cattelan” anos mais cedo. O artista diz que com a obra que elaborou, se opõe ao trabalho feito pelo artista italiano, que representa “um papa indefeso”.

Com o nome Karol Wojtyla, o papa nasceu na cidade de Wadowice, no sul da Polónia. João Paulo II comandou a igreja Católica de outubro de 1978 até à sua morte em abril de 2005. Apesar de ser adorado pelos católicos, alguns críticos dizem que durante o seu papado, a Igreja não responsabilizou os padres por abuso sexual de crianças.

ZAP //

 

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.