Estado pagou seis cadeiras de rodas a gémeas brasileiras num total de 64 mil euros

17

Ivendrell / Wikimedia

Hospital de Santa Maria, em Lisboa

O SNS gastou 64 mil euros em seis cadeiras para as gémeas brasileiras com atrofia muscular espinhar que foram tratadas em Portugal.

O Estado português financiou a aquisição de equipamentos de mobilidade para as gémeas luso-brasileiras Maitê e Lorena com atrofia muscular espinhar, que também receberam o tratamento com Zolgensma, o medicamento mais caro do mundo.

De acordo com o JN, o financiamento incluiu quatro cadeiras de rodas elétricas e duas cadeiras/carrinhos manuais, totalizando um investimento de 64 mil euros. As quatro cadeiras de rodas elétricas custaram mais de 50 mil euros e as duas manuais aproximadamente 14 mil euros.

O Serviço Nacional de Saúde pagou também 26 mil euros por duas das cadeiras, que ainda estão por levantar. As crianças, atualmente no Brasil, foram submetidas ao tratamento no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O pai das meninas, após receber duas das cadeiras em abril, optou por as enviar para o Brasil por via marítima.

 

Este apoio do Estado surge após o Centro de Medicina de Reabilitação de Alcoitão, onde as gémeas eram acompanhadas e realizavam terapias, prescrever a necessidade das cadeiras. A família, com a prescrição médica, adquiriu as cadeiras através de uma empresa especializada em Lisboa, onde as meninas passaram por avaliações personalizadas.

O tratamento das gémeas com Zolgensma, realizado em 2020, teve um custo estimado de quatro milhões de euros e provocou protestos por parte dos médicos do Hospital de Santa Maria, devido ao elevado custo e às circunstâncias em torno da obtenção do medicamento, com suspeitas de uma intervenção de Marcelo Rebelo de Sousa, algo que o chefe de Estado nega. O Ministério Público inclusive já abriu uma investigação sobre a alegada cunha do Presidente da República.

Paralelamente, Daniela Martins, mãe das gémeas, anunciou a intenção de processar alguns médicos e jornalistas portugueses. Em declarações ao JN, Martins indicou possuir documentos que poderiam refutar várias alegações feitas sobre o processo de naturalização das crianças e a obtenção do medicamento.

ZAP //

17 Comments

  1. PAGA POVO, não é achar que as miudas não têm direito a tratamento, nada disso, mas e o povo de cá que passa fome ? quantos velhinhos têm de optar por comprar pão ou comprimidos que o dinheiro não lhes chega para tudo ? eu por exemplo estive mais de 3 semanas sem poder comprar o meu remédio para a tensão, só ontem quando recebi o ordenado é que pude ir à farmacia. estas jogadas politicas cada vez metem mais nojo, só para ficarem bem na fotografia fazem esta jogadas , mas o povo pagador de impostos é sempre o mesmo desgraçado. e a senhora mãe das meninas ainda ameaça com processos ? devia era beijar os pés aos médicos e a todos os outros que lhe trataram das meninas.

  2. É tudo farinha do mesmo saco. Os politicos não estão no governo e nos locais de poder para servir o pais mas sim para se servirem eles do povo, arranjar tachos para os amigos e cunhas para conhecidos . Isto aconteceu desde o presidente de uma junta de freguesia por mais pequena que seja, passa pelas Câmaras, secretarios, de Estado, ministros, Primeiro ministro e até o Presidente da Republica. É vergonhoso. Vivemos num pais de ladrões e estupidamente o povo continua a votar nos mesmso de sempre . Idiotas é o que posso dizer .

  3. O povo tem o que quer…
    As ações têm consequências e ninguém gere melhor o meu dinheiro do que eu mesmo!
    Assim não custa dar… com o dinheiro dos outros.

  4. Este caso não será dos mais difíceis de esclarecer, basta ir ao de baixo, perguntar quem deu autorização e ir subindo até ao topo.
    Se não descobrirem é porque não querem ( ou não os deixam ) e aí a justiça e politicos baterão de vez no fundo sem volta a dar… e depois admiram-se e escandalizam-se que as pessoas votem no Chega.

  5. Seis cadeiras de rodas a gémeas brasileiras? Mas elas não são só duas crianças? E pagar a estrangeiros quando aos portugueses o Governo não dá nada?
    Quem deu a a autorização indevida, que seja obrigado a devolver o dinheiro ou as cadeiras e seja responsabilizado por tal.

  6. Um pobre que nada tem fica sem qualquer ajuda do estado. Só recebe depois esmolas “do estado” se o caso for noticia na CMTV.
    Uns brasileiros que nada fizerem por portugal receberam mais de 4 milhões em ajudas e com jeito já estão novamente no brasil…
    Desejo tudo de bom para as meninas que são inocentes nisto tudo mas que cheira mal cheira…
    E depois temos 2 gêmeas para que 8 cadeiras? e uma cadeira mesmo eletrica custar mais de 12.500€? alguem está a ganhar muito dinheiro com negócios destes…

    Depois os politicos admiram-se que o CHEGA esteja a ganhar apoiantes…

  7. Não é com jeito!, as criancinhas vivem no Brasil porque são Brasileiras. Este presidente está mesmo gaga. Agora é exigir que reembolse os portugueses do dinheiro que nos tirou sem nossa autorização. Mas o que é isto!

  8. As miúdas atem direito a tratamento no pais delas Brasil, este pais esta mesmo uma republica de bananas, aqui só se complica a vida a quem trabalha e é português

  9. Independentemente das ‘cunhas’ que vieram do ‘alto’, também tem funcionários responsáveis pela aprovação destes atos, apesar de tudo esses, se fossem ‘verticais’ deveriam ter as mesmas ‘atenções’ que têm para os utentes Portugueses. Quanto ao Chega e demais, é só esperar por casos idênticos, assim que tiverem ‘mão no bolo’.

  10. Por outro lado, o meu filho mais velho com um quisto no cérebro teve as consultas constantemente adiadas. Um dia estava com ele na sala de espera para consulta quando fui informado que a médica havia desmarcado a consulta. Indignado, solicitei a transferência do processo para o HUCoimbra. Para meu espanto recebo alguns meses depois uma carta a informar que o processo havia sido cancelado. Tive de ir para o particular e pagar do meu bolso.
    Sou filho e neto de portugueses há pelo menos 200 anos apontando para desde sempre, sempre morei, trabalhei e paguei impostos em Portugal, sinto-me roubado e ultrajado.
    É necessário apurar as responsabilidades.
    Se Portugal deve alguma coisa aos Brasileiros é aos Nativos e aos Africanos, não aos de origem europeia e asiática que para lá emigraram ajudando na aniquilação e exploração dos nativos.

  11. Ao Sr Paulo,
    Aqui no Brasil, muitos portugueses são muito bem tratados, sem que se de publicidade a isso. Não se discrimina estrangeiros. Ademais, muitos ficaram milionários com as inúmeras oportunidades oferecidas a TODOS, sem distinção. Nosso sistema de saúde atende toda população, sejam brasileiros, sejam portugueses e ninguém, nem governo levanta o braço. No caso das meninas, seria mais ético da manchete, se não divulgassem a nacionalidade para não parecer discriminação. No seu caso é pura xenofobia. Fica em paz.

  12. Ao Sr. José Carlos.
    O Brasil não tem sistema de saúde eficaz. Nem para doenças graves, nada. Até os brasileiros ricos vêm para Portugal esmolar, para não dizer outra coisa, a saúde em Portugal.

    Estou ä espera que Marcelo se demita.

  13. É no mínimo estranho o que se passa com o SNS ! Acho que estamos em presença de uma situação abusiva de turismo de saúde, não só relativamente aos que entram no país, com visto gold, e que adquirem todos os direitos sem nunca terem descontado um cêntimo e que, continuando como residentes, não pagam impostos, sendo os nossos descontos a suportarem tudo isto! Como também em relação aos que adquirem uma “falsa” nacionalidade para se tratarem com os medicamentos mais caros , pois é para isso que vêm , e depois nunca mais se ouve falar deles!!! É no mínimo injusto! O que me parece é que há muita gente interessada em destruir o SNS, já num tão mísero estado de declínio! Se o sr. presidente da república estiver envolvido neste caso até ele estará a contribuir para isso. É certo que tem defendido o sector privado em várias situações mas, sr. presidente, a maior parte das pessoas que o sr . beija e com as quais tira selfies não têm forma de recorrer a esses serviços e por certo morrerão muitos, sendo muito menos os que depois o aborrecerão.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.