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Estado recruta 51 pessoas para organismo que ainda não existe

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Miguel A. Lopes / Lusa

Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva,

O Governo abriu um concurso de recrutamento especializado da Administração Pública em 2019 para integrar técnicos num centro formalmente criado, mas sem atividade. As 51 pessoas que o integram esperam desde abril por contratos de trabalho.

Em abril deste ano, foram colocados 51 técnicos qualificados no Centro de Competências de Planeamento, de Políticas e de Prospetiva da Administração Pública, na sequência de um concurso de recrutamento centralizado da Administração Pública em 2019.

No entanto, este centro permanece inativo, segundo avança o Expresso.

Este organismo, integrado na Presidência do Conselho de Ministros e que tem como missão apoiar a definição de políticas públicas, está formalmente constituído desde março, mas continua inativo. Os trabalhadores recrutados estão há quase quatro meses à espera para iniciar funções e assinar contrato com o Estado.

Alguns dos trabalhadores recrutados estão já sem trabalho e rendimentos ou vão terminar o vínculo com o antigo empregador até final de agosto.

No concurso de recrutamento, o centro de competências tinha um total de 150 vagas abertas, mas preencheu apenas estas 51, sendo que as restantes ficaram sem candidatos.

O Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública descarta responsabilidades, apontando para o Ministério da Presidência do Conselho de Ministros (MPCM), que é o que tutela o PlanAPP – um organismo do Estado sujeito ao poder de direção da ministra da Presidência Mariana Vieira da Silva.

O ministério diz ainda que “o regulamento do recrutamento centralizado não estipula um prazo legal entre a notificação de colocação aos candidatos e a assinatura de contrato de trabalho, cabendo aos serviços proceder a esta gestão”.

Já o MPCM adianta apenas que o PlanAPP se encontra “em processo de constituição” e que a entrada de consultores e técnicos decorreria “de forma gradual iniciando-se até ao final do corrente ano”.

ZAP //

1 Comment

  1. O melhor da nossa capacidade de organização.
    O próprio estado recruta, selecciona, promete emprego, os seleccionados despedem-se, correctamente, passa o período de “pré-aviso”, e no fim fica-se de c* no chão e sem emprego à espera de assinar contrato, porque não está previsto um prazo entre a selecção e o início de funções….

    Se não fosse trágico – para os pobres desgraçados que se encontram nestas situações – era mesmo para rir a bandeiras despregadas…..

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