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Estado paga 15 milhões de euros por ano a advogados

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Teresa Alves de Azevedo / Facebook

Dia do Advogado 2016. Ao centro, o presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados, António Jaime Martins

Os gastos do Estado com advogados quase que duplicaram nos últimos seis anos. Entre 2014 e 2016, os cofres públicos desembolsaram uma média de 15,2 milhões de euros por ano em contratos de assessoria jurídica.

Estes dados são avançados pelo Jornal de Notícias e pelo Dinheiro Vivo e assentam em dados do portal de contratos públicos Base, revelando que os gastos do Estado com advogados têm vindo a aumentar desde o triénio 2008/2010.

Entre 2014 e 2016, o Estado pagou 15,2 milhões de euros por ano, em média, em contratos de assessoria jurídica. Um valor que representa mais 4,9 milhões de euros do que no triénio anterior e que é quase o dobro do que se verificou entre 2008 e 2010, segundo o JN.

Entre 2014 e 2016, o Estado assinou uma média de 891 contratos com advogados, mais 168 do que entre 2011 e 2013, e mais 264 do que entre 2008 e 2010, segundo a mesma publicação.

E estes números podem não ilustrar a realidade completa, uma vez que alguns contratos podem não estar contabilizados, já que a análise teve em conta, apenas, as principais sociedades de advogados. Além disso, alguns serviços públicos não publicam os procedimentos contratuais no portal Base.

2015 e 2016 terão sido os anos em que o Estado mais gastou com advogados, respectivamente 18,4 milhões de euros em 300 contratos e 17,7 milhões em 358. Segundo o Dinheiro Vivo, para estes números contribuíram em grande parte o Banco de Portugal, o Metropolitano de Lisboa e várias empresas do Grupo Águas de Portugal.

Neste ano, até ao passado dia 17 de Novembro, já tinham sido “celebrados 270 contratos de aquisição de serviços externos de assessoria jurídica no valor global de 10,4 milhões de euros”, segundo o Dinheiro Vivo.

Em termos individuais, o destaque vai, de novo, para o Banco de Portugal que assinou um contrato de 1,5 milhões de euros com a Vieira de Almeida & Associados, aponta a publicação económica.

Esta sociedade de advogados surgirá à cabeça das que mais têm ganho em contratos com organismos públicos. Segundo o Dinheiro Vivo, só em 2015 é que foi ultrapassada nos ganhos pela Lipman Karas que auferiu três milhões de euros pela defesa da Metro de Lisboa na acção movida pelo banco Santander Totta.

ZAP //

2 Comments

  1. E não é por acaso que boa parte dos políticos são advogados!… essa praga de advogados mafiosos sempre mais preocupados em defender os interesses do seus (outros) clientes, é um dos maiores problemas da nossa classe politica!!

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