Estado Islâmico destrói esculturas milenares em museu do Iraque

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A Organização da ONU para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) pediu esta sexta-feira uma reunião de urgência ao Conselho de Segurança das Nações Unidas depois da destruição de esculturas no Iraque por membros do Estado Islâmico.

O grupo Estado Islâmico divulgou um vídeo em que se veem extremistas a destruir dezenas de estátuas do Museu da Civilização em Mossul, no Iraque, algumas das quais datadas do período assírio (VIII a VI a.c.).

O vídeo, de cerca de cinco minutos, mostra vários homens a deitarem as estátuas abaixo e a destruírem-nas com martelos pesados.

Um dos extremistas que aparece no vídeo justifica o ato afirmando que os povos da antiguidade “adoravam ídolos em vez de Alá“, o que é contrário ao monoteísmo, e que o profeta Maomé destruiu figuras de ídolos com as suas próprias mãos.

“Aquele ataque é mais do que uma tragédia cultural, é também uma questão de segurança porque alimenta a intolerância, o extremismo violento e do conflito no Iraque”, criticou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova.

“É por isso que entrei imediatamente em contacto com o presidente do Conselho de Segurança pedindo-lhe para convocar uma reunião de emergência do Conselho relativa à proteção do património iraquiano como parte integrante da segurança do país”, disse.

/Lusa

5 Comments

  1. Será que só eu notei que estas pseudo “esculturas milenares” nada mais são do que réplicas baratas de gesso, inclusivamente, com barras de ferro no seu interior para lhes darem sustentação? Vídeo falso com objetivo obscuro e que está a causar comoção indevida no mundo inteiro. Podem ficar tranquilos que o acervo genuíno está muito bem guardado noutro sítio.

    • O que me dá que pensar mesmo é em que sitio estão guardados os genuínos Budas com 1700 anos do Afeganistão que os talibans dinamitaram em 2001

      • Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Não vamos misturar alhos com bugalhos. O facto é que há uma enorme hipótese de os tais “artefactos milenares” genuínos do Museu de Mossul terem sido trocados por réplicas baratas, evidentes como estão no vídeo apresentado: estátuas de gesso branco e moderno, sustentadas com ferros no seu interior e que se esfarelam com um mero tombo. As peças genuínas podem muito bem estar a ser negociadas por grandes quantias com colecionadores multimilionários que se prestam a este tipo de mercado negro. Olhos abertos e mentes pensantes não fazem mal a ninguém. Já dizia o Pe. António Vieira no seu Sermão de Santo António aos Peixes: “Vejo, peixes, que pelo conhecimento que tendes das terras em que batem os vossos mares, me estais respondendo e convindo, que também nelas há falsidades, enganos, fingimentos, embustes, ciladas e muito maiores e mais perniciosas traições.”

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