Estado Islâmico reivindica e justifica ataque terrorista em Bruxelas

Olivier Matthys / EPA

Dois adeptos da selecção sueca morreram. Marcelo diz que nenhum país pode garantir que escapa ao terrorismo.

O grupo que se designa como Estado Islâmico reivindicou o atentado realizado na segunda-feira, no centro de Bruxelas, que causou a morte a dois apoiantes da seleção de futebol da Suécia e deixou um terceiro ferido.

A agência noticiosa Amaq, que faz a propaganda do grupo, publicou um comunicado em que assegura que “um combatente do Estado Islâmico levou a cabo, na segunda-feira, um ataque armado contra vários cristãos na Suécia, país que participa na coligação internacional contra o Estado Islâmico”.

A Amaq, que cita fontes do setor de segurança, indicou que o combatente, do qual não mencionou o nome, mas divulgou uma fotografia, “começou a disparar a sua metralhadora contra os cristãos, antes de assistirem a um jogo, matando dois de eles e ferindo outros dois, antes de as forças belgas o matarem, quando procuravam detê-lo”.

No seguimento da morte do atacante, identificado como Abdesalem L, de nacionalidade tunisina, a Bélgica reduziu o nível de alerta em Bruxelas, de quatro (máximo) para três.

Sem garantias de imunidade

Marcelo Rebelo de Sousa, que já estava em Bruxelas no dia do ataque, lamenta este “retrocesso de décadas de humanismo”, mencionando também as guerras na Ucrânia e em Israel, além das crises económicas e sociais.

O Presidente da República portuguesa avisou que não há 100% de garantias de segurança em lado nenhum. Mas há preparação, sobretudo na Europa.

Ninguém pode garantir que não há terrorismo em nenhum país do mundo. Agora, as estruturas na Europa e claramente em Portugal são estruturas que normalmente estão preparadas para prevenir e tentar enfrentar, na medida do possível, essa situação”.

Mas Marcelo pede para não “dar o salto” e passar a dizer que “é inevitável que aquilo que se passa de crise numa ponta do mundo significa, por todo o mundo e necessariamente, certas consequências. Também não daria o salto de identificar com categorias de pessoas, de cidadãos de vários pontos do mundo”, reforçou.

Em relação a Portugal, “é muito claro que não faz sentido nenhum fazer especulações e projecções, como começar a falar do fenómeno da imigração ou de imigrantes e, a partir daí, começar a estabelecer cenários”.

ZAP // Lusa

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