O Estado é o principal acionista da Efacec e está a injetar cerca de dez milhões de euros por mês, de novembro de 2022 até ao final de fevereiro deste ano, para assegurar a tesouraria da empresa.
Após falhar a venda da Efacec à DST, o Governo reabriu o processo de reprivatização, mas as contas deterioraram-se em 2022, com a queda da faturação, dívida a aumentar, prejuízos e situação de falência técnica. No total serão cerca de 40 milhões que o Estado vai injetar, avançou esta quarta-feira o ECO.
O Estado já tinha uma exposição de 165 milhões de euros à empresa, dos quais 115 milhões em garantias a financiamentos bancários e 50 milhões em injeções de capital.
Segundo as contas, ainda provisórias, relativas a 2022, a Efacec fechou o ano passado com um prejuízo operacional superior a 105 milhões de euros. O volume de negócios da empresa passou de 224 milhões de euros em 2021 para 154 milhões de euros em 2022. A dívida já supera 250 milhões de euros.
O ministro da Economia, António Costa Silva, quer reprivatizar 71,73% de capital público da Efacec e disse no Parlamento, na terça-feira, que não é favorável a um modelo de reprivatização da “Efacec boa” e da “Efacec má”.
De acordo com informação revelado pelo Governo, existem sete empresas interessadas na reprivatização da Efacec. As informações recolhidas pelo ECO indicam que essas terão de apresentar uma proposta vinculativa até meados de fevereiro, o que poderá permitir uma decisão do Governo ainda no próximo mês.
Enquanto decorre a terceira tentativa de reprivatização da Efacec dos últimos dois anos, o Tribunal de Contas revelou que está a fazer uma auditoria à empresa.