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“É muita falha e muita falha significa que o Estado falhou”, se se confirmarem erros no socorro

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Octávio Passos / Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República afirmou esta terça-feira que caso se confirmem os erros no socorro às vítimas da queda do helicóptero do INEM, em Valongo, no sábado, isso significa que “o Estado falhou”.

“Aquilo que consta no relatório preliminar [da Proteção Civil] são quatro falhas: duas da NAV [Navegação Aérea de Portugal] e duas do 112. É muita falha e muita falha significa que o Estado falhou, se se confirmarem” as conclusões desse relatório, disse Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas na Mealhada.

O chefe de Estado salientou que espera que não se confirmem as conclusões do relatório preliminar no inquérito do relatório definitivo.

O relatório preliminar da Proteção Civil sobre a queda do helicóptero do INEM em Valongo, esta terça-feira divulgado, aponta falhas à NAV Portugal, ao 112 e ao Comando Distrital de Operações de Socorro do Porto (Proteção Civil).

“O contacto com o Rescue Cordination Center (RCC), da Força Aérea Portuguesa, para a identificação de um possível acidente com uma aeronave, tanto por parte da NAV Portugal como do CONOR [Centro Operacional do Norte do 112], não foi efetuado com a necessária tempestividade, podendo ter comprometido o tempo de resposta dos meios de busca e salvamento”, indica o relatório preliminar da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).

“Se se confirmar aquilo que resulta deste relatório preliminar, são falhas demais de comunicação e tempo demais, que resulta dessas falhas, e isso não é bom para a confiança das pessoas nas instituições”, referiu o Presidente da República. Para Marcelo Rebelo de Sousa, é agora necessário “apurar se foi assim e, se foi assim, é preciso responsabilizar e corrigir para as pessoas poderem confiar [nas instituições]”.

O Presidente da República notou ainda que o país retirou lições relativamente aos incêndios de 2017. Porém, “está visto que ainda não retirámos lições quanto a estradas que caem e dificuldades de comunicação como quando há acidentes como estes. Convém retirar lições”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

A queda do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no passado sábado, em Valongo (distrito do Porto) provocou a morte a quatro pessoas – dois pilotos, um médico e uma enfermeira.

A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Com TANTA FALHA nós os Portugueses NÃO compreendemos como este desgoverno ainda está em funções…
    O povo português é MT CEGO ou pior do que o cego NAO quer Ver… o que ainda é PIOR. Estes gajos andam á decadas a fazer SEMPRE a mês bosta e NADA?? Já CHEGA…

  2. Florestas queimam seres humanos vivos! Pedreiras comem estradas e pessoas… Socorro que não salva… Políticos “ajustam directamente” não se sabe porquê! Prédios com estrutura de barro à espera do sismo! Enfim. A culpa morre solteira, mas o cidadão morre por incúria e incompetência. Estamos no reino da gestão por “influência” (tráfico de influências” e não na gestão por competência! Assim vamos “morrendo” e eles enriquecendo…

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