Nos últimos dois anos, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) deixou prescrever mais de 250 mil multas. Só em 2015, ficaram por cobrar 225.880 multas e, no ano passado, foram esquecidos 31.845 autos de contraordenação.
Segundo avança o Jornal de Notícias esta quinta-feira, só em 2015, ficaram por cobrar 225.880 multas e, no ano passado, foram esquecidas 31.845.
Excesso de velocidade, condutores sem cinto de segurança ou que não param em sinais vermelhos e ainda condutores ao telemóvel ou sobre o efeito de álcool ou drogas são alguns do exemplos.
De acordo com um relatório a que o JN teve acesso, entre julho de 2014 e 2016, a eficácia da ANSR na cobrança de multas foi de 62%, quando a meta definida era de 85%.
Por isso, em setembro do ano passado, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária escreveu ao Ministério da Administração Interna (MAI) a dar conta dessa ineficácia, informando que não estava a conseguir “alcançar, pelas mais diversas razões, o objetivo a que inicialmente se propôs” e a pedir para baixar os objetivos.
Segundo o jornal, essa incapacidade obrigou o MAI a aceitar o pedido e a rever os objetivos que tinham sido fixados, passando a ser “limitar a taxa de prescrição de autos de contraordenação rodoviária em 10%”.
A alteração permitiu ao organismo chegar ao final do ano passado com o objetivo cumprido, como ainda superado em 70%.
De acordo com o JN, as multas a estrangeiros também têm crescido: entre 2014 e 2016 quadruplicaram, tendo passado de 7.069 para 30.458.