Estado cortou mais de 3 mil milhões em Defesa na última década

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Não fossem os consecutivos cortes em Defesa dos governos desde 2014, Portugal podia já ter atingido a meta da NATO.

De acordo com dados divulgados esta terça feira pelo DN, os investimentos abandonados pelos governos desde 2014 em Defesa representam 1,3 mil milhões de euros.

Mas, se se tiver em conta a subexecução orçamental geral, o número sobre para 3,2 mil milhões de euros, o que equivale a 1% do Produto Interno Bruto Nacional. 1,8 mil milhões foram “poupados” em despesa corrente.

De acordo com as contas do jornal, os cortes na Defesa foram o que provocou a insuficiência portuguesa na resposta à meta da NATO, que pede uma despesa de 2% neste setor, face ao escalar da violência dos conflitos internacionais. Há mesmo quem defenda um investimento de 3% do PIB, ou mais, das nações da NATO.

De acordo com o DN, não fossem esses corte nos investimentos, encetados por governos de esquerda e direita, Portugal seria capaz de cumprir com as metas internacionais.

Para ajudar às dificuldades do país neste campo, também o número de efetivos das Forças Armadas desceu. Em 2015, segundo dados da Direção-Geral da  Administração e do Emprego Público (DGAEP), o setor contava com 38 mil profissionais, e em 2024 o número tinha caído para 30 mil — é uma redução de 20% em menos de 10 anos.

O défice de investimento acumulado é agora de 1,3 mil milhões de euros, e o governo tenta agora recuperar esse atraso. Para além da melhoria nas infraestruturas, o Estado quer também comprar navios-patrulha oceânicos, aeronaves de transporte KC-390 e navios abastecedores. O investimento deverá passar ainda por tecnologia militar.

O primeiro-ministro anunciou no início do ano que o Governo quer antecipar a data prevista para a meta os 2% — por agora, as previsões para corresponder às expectativas da NATO apontam só para 2029.

ZAP //

3 Comments

  1. Quando o Monte Negro formou Governo nem havia dinheiro para pagar os ordenados dos trabalhadores dos Estaleiros do Alfeite, o novo Ministro teve de ir urgentemente contrair um emprestimo para pagar aos trabalhadores!!!!!.

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