Há um “esquema das senhas” nas Lojas do Cidadão. São vendidas a 50 euros cada

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Uma equipa da PSP que fazia o turno numa loja do cidadão do Porto descobriu um esquema realizado por pelo menos dois cidadãos estrangeiros, que chegavam cedo ao local e tiravam as senhas, vendendo-as depois a 50 euros cada.

As autoridades começaram por desconfiar de algumas movimentações entre os imigrantes que esperavam numa longa fila. A seguir, conseguiram identificar dois estrangeiros que estavam no local desde madrugada, que tinham retirado senhas antes de estas se terem esgotado e que as estavam a vender.

“Os polícias comprovaram que os dois imigrantes madrugadores estavam ali a vender as suas senhas. Mas não foi feita uma participação porque nem sequer houve queixa dos compradores”, revelou uma fonte da PSP.

Ao Expresso, chegou uma denúncia da existência de casos reiterados nessa mesma loja do Porto, em que várias pessoas chegam de madrugada, para levantar dezenas de senhas assim que a loja abre. A meio da manhã vendem-nas por 50 euros cada “a pessoas mais vulneráveis, emigrantes que precisam de documentos urgentes”.

Um imigrante de nacionalidade brasileira testemunhou o esquema num dia em que se deslocou à Loja do Cidadão. Chegou de manhã, estava quase vazia. Depois, “do nada, ficou praticamente cheia com pessoas já com senhas, que estavam esgotadas”.

O “esquema das senhas”, que será tolerado pelos seguranças de alguns desses locais, piorou na pandemia, garantiram várias fontes policiais. É coordenado por uma espécie de “pequena máfia”, que já se aperceberam o desespero dos migrantes, misturado com a burocracia de um país que desconhecem.

Um inspetor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) contou que esta é “só mais uma negociata na órbita da imigração” que despontou com a pandemia e cujos autores são também imigrantes. Por norma, estão ligados a “empresas de assessoria” ou escritórios de advogados especializados nesta área das migrações.

Outra fonte do SEF disse que “só estrangeiros incautos se deslocam à loja do cidadão, quando têm o CNAIM [Centro Nacional de Apoio à Integração de Migrantes] onde podem tratar de tudo”.

Estes responsáveis são unânimes em considerar que a compra e venda destas senhas dificilmente se pode enquadrar num quadro de ilícito criminal. Existe mesmo um paralelismo entre este fenómeno e o dos agendamentos por telefone, em que há pessoas que cobram aos imigrantes para obterem uma data de atendimento no SEF, passando horas seguidas a fazer telefonemas até obterem uma marcação.

Timóteo Macedo, presidente da Associação Solidariedade Imigrante, confirmou a existência deste fenómeno, mas indicou que são os próprios imigrantes que, com receio de faltar e de perder o emprego precário, “pedem a familiares, amigos ou conhecidos para estes irem para as filas dos serviços públicos logo pela madrugada e poderem tirar uma senha”.

Em troca, estes pedem uma quantia pelo “serviço”. “É um negócio em que a culpa é dos serviços públicos entupidos e que o Governo fomenta“, criticou.

ZAP //

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5 Comments

  1. quem deveria começar por ser investigado, são os funcionários que dão as senhas, e que recebem a sua comissãozita. dar mais que uma senha por pessoa, e fazem-no todos os dias?

    e depois os imigrantes, por fraude.

    depois, expulsão. nem vale a pena ficar a oferecer cama e comida a esta gente….

  2. Subscrevo inteiramente. É esta porcaria a quem permitimos que se arrastem por aí sentados sem nada fazer nada e a receber ajudas de todos os lados e vivam assim. Segundo o jornal – O “esquema das senhas”, que será tolerado pelos seguranças de alguns desses locais, piorou na pandemia, garantiram várias fontes policiais. É coordenado por uma espécie de “pequena máfia”, que já se aperceberam o desespero dos migrantes, misturado com a burocracia de um país que desconhecem. Toda a gente sabe e ninguém faz nada?????
    Claro que ninguém faz nada!, estão todos a comer. Comem, segurança, funcionários, todos. Ó gente corrupta. Ó pais miserável.
    Tenho vergonha de ter gente desta no meu pais.

  3. Subscrevo inteiramente. É esta porcaria a quem permitimos que se arrastem por aí sentados sem nada fazer nada e a receber ajudas de todos os lados e vivam assim. Segundo o jornal – O “esquema das senhas”, que será tolerado pelos seguranças de alguns desses locais, piorou na pandemia, garantiram várias fontes policiais. É coordenado por uma espécie de “pequena máfia”, que já se aperceberam o desespero dos migrantes, misturado com a burocracia de um país que desconhecem. Toda a gente sabe e ninguém faz nada?????
    Claro que ninguém faz nada!, estão todos a comer. Comem, segurança, funcionários, todos. Ó gente corrupta. Ó pais miserável.
    Eu tenho vergonha de ter gente desta no meu pais.

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