Os utentes têm ficado até 14 horas nas salas de espera dos serviços de urgência dos hospitais, em particular na área da Grande Lisboa. A situação deve-se à elevada afluência de pessoas com infeções respiratórias e outras complicações associadas.
Como avançou o Correio da Manhã, na terça-feira, o tempo de espera para os doentes urgentes atingiu as 14 horas no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. No Beatriz Ângelo, em Loures, os doentes com pulseira amarela esperaram cinco horas, de acordo com o Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, os utentes chegaram a esperar oito horas para serem observados, situação que leva os bombeiros a aguardar horas até que as macas fiquem disponíveis, depois de concretizado o internamento.
No mesmo dia, no Hospital Padre Américo, em Penafiel, 39 doentes estavam nas urgências à espera. Casos urgentes com mais de três horas de espera registados nos Hospitais de Torres Vedras, Águeda, Figueira da Foz ou Vila Franca de Xira.
“A circulação intensa de vírus respiratórios explica parte desta elevada afluência”, disse ao jornal o médico de família Rui Nogueira. “As pessoas apresentam uma tosse intensa prolongada por mais de duas semanas, associada a febre ou falta de ar, razões que as levam a recorrer a um médico”, referiu, acrescentando que também nos centros de saúde a afluência de utentes aumentou.
No Santa Maria há “um quadro de doentes mais complexos, o que implica diagnósticos mais diferenciados”. “Este contexto cria grande pressão nos serviços de urgências e nos internamentos”, acrescentou fonte do hospital ao Correio da Manhã.