Os casos de dengue estão em queda este ano no Brasil. Apesar disso, especialistas alertam para o risco mais elevado de uma epidemia da doença na região Nordeste durante o Mundial.
O período em que o mosquito transmissor fica mais ativo termina em maio na maior parte do país, quando em geral chove menos. No entanto, como o clima é diferente no Nordeste, mais chuvoso em junho e julho, o surto pode coincidir com o Mundial. Para especialistas, as cidades com mais risco são Natal e Salvador, onde Portugal irá jogar na fase de grupos, e ainda Fortaleza.
Em dezembro, quando o investigador britânico especialista em dengue Simon Hay alertou para o risco maior da doença no Nordeste durante o Mundial, o Ministério da Saúde brasileiro minimizou o problema.
À BBC, o órgão disse que “em junho e julho, meses em que serão realizados os jogos da Copa do Mundo 2014, as taxas de incidência da doença mostram baixa transmissão na região Nordeste, não havendo evidências de que, durante a realização dos jogos, possam ocorrer epidemias de dengue nas cidades-sede”.
Segundo dados do Ministério da Saúde, o Brasil registou 322.230 casos de dengue neste ano, até 19 de abril. O número é bastante menor do que 1,1 milhão de casos registados no mesmo período de 2013.
No estado de São Paulo, também houve queda na incidência da doença (117 mil casos neste ano ante 170,5 mil em 2013), mas os casos graves aumentaram 184,68% – de 359 entre 1 de janeiro e 19 de abril de 2013 para 1.022 em 2014. Os casos da doença têm-se concentrado em algumas cidades paulistas e municípios como Campinas e Jaú apresentam epidemia da doença.
ZAP / BBC
Mundial 2014
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