O Departamento de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente do Governo de Aragão, em Espanha, ordenou nesta quinta-feira o abate das 92.700 martas que habitam numa fazenda na qual houve uma disseminação maciça do novo coronavírus, que, além dos animais, afetou alguns trabalhadores.
Uma amostra analítica determinou que 87% dos espécimes de vison criados na herdade Puebla de Valverde, em Teruel, Aragão, foram infetados com a covid-19.
A decisão foi tomada depois de as autoridades considerarem um possível contágio cruzado entre humanos e martas. “Temos que eliminar qualquer risco (…) não temos a certeza de que não haverá transmissão eneste reservatório”, disse o ministro da Agricultura e Meio Ambiente de Espanha, Joaquín Olona, explicando a adoção de “uma medida tão drástica”.
O governante detalhou ainda que os animais “não mostram sinais [da doença], nem patológicos nem clínicos”, apesar de os testes analíticos terem confirmado uma transmissão explosiva da covid-19 na herdade.
“A Direção Geral de Qualidade e Saúde Alimentar já ordenou a imobilização preventiva da fazenda a 22 de maio, quando sete dos trabalhadores testaram positivo à covid-19″, explicou Joaquín Olona, ministro da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente em entrevista.
Desde esse momento, as martas foram monitorizadas, sendo proíbida a entrada e/ou saída de animais da fazenda. “O único objetivo [do abate de martas] é evitar riscos à população e à saúde pública”, explicou.