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Gralhas e cruzes em falta. “Erros processuais” tiram mobilidade por doença a professores

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Alguns professores viram recusados os seus pedidos de mobilidade por doença devido a “erros processuais” que passam por gralhas, erros em datas e nomes e pela falta de cruzes em formulários. E nem após a rectificação destes lapsos, a recusa foi alterada pelo Ministério da Educação.

O caso é reportado pela Rádio Renascença que refere que no concurso deste ano, 7.786 professores, “70% dos quais por doença própria e os restantes por doenças de familiares”, concorreram à figura da mobilidade por doença que permite aos docentes com problemas de saúde ou com familiares doentes a seu cargo ficarem colocados mais próximo das suas residências.

Do total de professores que concorreram à mobilidade, 5% viram os pedidos recusados e destes, “cerca de 389 professores” viram os pedidos rejeitados devido a “erros processuais”, como apurou a Renascença.

Estão em causa gralhas, “assinaturas em falta, moradas com nomes diferentes, cruzes fora do sítio ou documentos que não foram enviados”, como sustenta a Rádio, realçando que a Direcção Geral da Administração Escolar (DGAE) acabou por não permitir aos docentes a correcção, mantendo a rejeição do pedido de mobilidade.

Nalgumas situações, há professores que conseguiram ter acesso à mobilidade ao longo de anos consecutivos, com problemas de saúde comprovados, e que ficaram sem ela devido a estes lapsos.

Como estarão em causa erros dos docentes, a DGAE não está a admitir correcções, o que força os professores implicados a meterem baixa por doença ou a irem mesmo dar aulas longe de casa.

Fonte do Ministério da Educação refere à Renascença que os pedidos de mobilidade por doença “têm vindo a aumentar de ano para ano”. E há quem considere que estamos perante um caso em que o justo paga pelo pecador, já que há professores realmente doentes ou com familiares doentes que estão a ser prejudicados por pormenores quando alguns concorrem à mobilidade, conseguindo-a, sem estarem de facto doentes ou terem familiares nessa condição. Tudo devido à falta de fiscalização.

ZAP //

1 Comment

  1. Ah, então nada de novo.
    Como não há capacidade de fiscalização usa-se a folha de cálculo, dividindo por zero.
    Aqui, como noutras áreas do Estado.
    Adiante.

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