Equipa de Sá Fernandes para JMJ custa 530 mil euros em salários

António Cotrim / Lusa

O advogado José Sá Fernandes, ex-vereador do Bloco de Esquerda na Câmara Municipal de Lisboa

Até ao final deste ano, o Grupo do Projeto para a JMJ vai custar mais de 530 mil euros em salários, o equivalente a cerca de 90% do orçamento para este ano.

O Grupo de Projeto para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), coordenado por José Sá Fernandes, vai custar, até ao final de 2023, mais de 615 mil euros. Desse montante, mais de 530 mil euros são para pagar os salários dos seus membros — o equivalente a cerca de 90% do orçamento.

A equipa em causa é constituída por um coordenador, três adjuntos, três técnicos especialistas, uma secretária pessoal e um motorista. Em dois anos, 2022 e 2023, o Grupo de Projeto para a JMJ custa mais de 1,2 milhões de euros, dos quais mais de um milhão em salários, avança o Correio da Manhã.

As verbas orçamentadas surgem previstas no Orçamento do Estado para 2023. Para este ano, o orçamento é de 615.074 euros, um aumento de 4,5% face aos 588.637 euros de 2022.

As verbas para deslocações e estadias e para gastos com combustíveis foram de 19 mil euros e 14 mil euros, respetivamente, em 2023.

O principal gasto com o Grupo Projeto para a JMJ é os custos com pessoal. De acordo com o jornal, este valor foi de 530.400 euros em 2023 e 524.221 euros em 2022.

O ex-vereador da Câmara de Lisboa ganha 4.657 euros por mês, mais despesas de representação. Os adjuntos e técnicos especialistas recebem 3.725 euros brutos por mês cada um.

Fonte do gabinete da ministra Ana Catarina Mendes reafirmou, no início do mês, que José Sá Fernandes continuará à frente do projeto, isto depois de a Câmara Municipal Lisboa ter dito que não aceitava “pretensos coordenadores”.

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, Anacoreta Correia declarou que a autarquia vai assumir o contacto direto com a Igreja, excluindo o coordenador nomeado pelo Governo.

“Quando o presidente da câmara [Carlos Moedas] diz ‘eu agora é que coordeno’, o que está a dizer é que nós não aceitamos mais pretensos coordenadores que não fazem nada e que não ajudam a resolver nada. A câmara municipal é que coordena, a câmara municipal é que vai fazer”, afirmou o vice-presidente da Câmara de Lisboa, referindo-se a José Sá Fernandes.

O grupo de projeto integra todas as partes envolvidas na organização da JMJ, ou seja, o Governo e as autarquias de Lisboa, Loures, Cascais e Oeiras.

ZAP //

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