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Enfermeiro que matou 85 pacientes condenado a perpétua na Alemanha

O ex-enfermeiro Niels Högel foi condenado a prisão perpétua pelo assassinato de 85 pessoas, enquanto estava em serviço nos hospitais alemães até 2005. Ele é o pior assassino em série da Alemanha pós-II Guerra Mundial.

O serial killer e ex-enfermeiro Niels Högel foi condenado esta quinta-feira a prisão perpétua pelo assassinato de 85 pacientes. Högel tinha sido originalmente acusado de ter assassinado 100 pessoas, mas suspeita-se que tenha sido responsável pela more de 300 pacientes.

As vítimas, pessoas de todas as idades e origens, algumas com problemas de saúde e outras em dificuldades, haviam confiado nos centros médicos da Baixa Saxónia, onde Högel trabalhou. O enfermeiro injetava os pacientes com drogas letais que provocavam ataques cardíacos e, posteriormente, simulava tentar reanimá-los.

Um antigo colega do criminoso disse que ele “sempre afastava todos os outros” ao tentar reanimar os pacientes. Högel era conhecido como “Rambo da Ressuscitação” pelos seus colegas.

De acordo com a Deutche Welle, a pena máxima atribuída proíbe ainda a possibilidade de Högel pedir liberdade condicional após 15 anos de prisão cumprida. Normalmente, um prisioneiro sentenciado a prisão perpétua pode fazê-lo, mas caso o juiz entenda que os crimes foram de natureza demasiado grave, o pedido só pode ser feito depois de um período indeterminado de tempo.

Gostaria de pedir perdão pelo que fiz a cada um de vocês“, disse o ex-enfermeiro durante o julgamento e antes de conhecer a sua sentença. Apesar disso, a sua equipa de advogados ainda tentou pedir apenas a condenação por 55 assassinatos e 14 tentativas de homicídio.

Högel foi apanhado por colegas do Hospital de Delmenhorst, em junho de 2005, a injetar um paciente com uma seringa. As provas começaram a acumular-se e o enfermeiro passou de ser acusado de um homicídio para ser julgado por centenas deles.

É possível que “não aguentasse mais ver pacientes gravemente doentes ou a moribundos e depois resolvesse o problema”, teorizou Karl Beine, médico do St. Marien-Hospital Hamm e professor de psiquiatria na Universidade Witten/Herdecke.

ZAP //

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