Centro Nacional de Oceanografia
A câmara estava lá, pronta a disparar caso aparecesse o mítico monstro do Lago Ness. Disparou na mesma, mas do monstro não há registos. No entanto, um novo alegado avistamento voltou a ativar as buscas.
O submarino carinhosamente apelidado de Boaty McBoatface (chama-se na verdade David Attenborough) é já um clássico. Vale quase 300 milhões de euros e realiza investigação marinha pelo Centro Nacional de Oceanografia.
Agora, foi o responsável pela o achado, por puro acaso, de uma relíquia histórica: as fotografias capturadas pela câmara que há 55 anos foi instalada no fundo do Lago Ness, na Escócia, em busca do mítico monstro Nessie.
Adrian Shine, investigador do lago, afirma que se tratava de “uma engenhosa armadilha fotográfica que consistia numa câmara Instamatic com relógio e um cubo de flash incorporado, que permitia tirar quatro fotografias quando se lançava uma linha de isco”.
“É notável que a caixa tenha mantido a câmara seca durante os últimos 55 anos, estando a mais de 130 metros de profundidade no Lago Ness”, acrescenta em declarações ao USA Today. E, curiosamente, esta só foi encontrada porque a amarra da câmara ficou presa na hélice do submarino.
“Passaram mais de 90 anos desde o primeiro avistamento de Nessie e, desde então, houve muitas expedições para encontrar o animal esquivo”, comenta também Nagina Ishaq, diretora-geral do Centro Loch Ness.
“Somos guardiões desta história única e, para além de investirmos na criação de uma experiência inesquecível para os visitantes, estamos empenhados em ajudar a continuar a busca e a desvendar os mistérios que se encontram sob as águas do famoso Loch”, diz.
E o centro aproveita para ressaltar a importância do submarino no mapeamento e descobertas no fundo do mar: “Com os nossos robôs, estamos também a ajudar a mapear e a monitorizar a vida marinha para compreender como as nossas ações, tais como o desenvolvimento de energias renováveis offshore, a pesca e a exploração mineira em águas profundas, alteram os habitats e os ecossistemas.”
Novo “avistamento” em análise
A descoberta surge numa altura em que foi novamente reportado um avistamento da criatura lendária. Pela primeira vez avistado há 90 anos, o monstro do Lago Ness continua a ser tópico em 2025.
Aimee Todd, diretora de marketing do Centro , disse que uma nova fotografia, alegadamente do misterioso monstro, está em análise depois de ter sido enviada a 29 de janeiro por um homem que a terá capturado na praia de Dores, na Escócia.
Em maio, o Centro vai começar uma busca maciça por Nessie. Chama-se “The Quest” e os voluntário vão vigiar 13 zonas diferentes do lago durante mais de 6 horas, e fazer uso de um hidrofone para detetar sinais acústicos submarinos. 100 anos depois, Nessie continua um mistério: o que será esta lendária criatura. Eis alguns palpites.
